Brasil volta a exportar cavalos diretamente para União Europeia

A Câmara Setorial de Equideocultura (CSE) comunicou ao mercado que, após mais de dez anos, o Brasil voltou a embarcar cavalos para a União Europeia. A viagem que marca a volta das exportações para a Europa partiu do Rio de Janeiro com desembarque em Luxemburgo na última terça-feira (12/11).


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“Nesta madrugada retornaram para a Europa o cavalo Sela Holandesa (KWPN) More Than Extra e o cavalo Sela Belga (BWP) Quebec Vd Bisschop, os quais irão fazer uma temporada de competições na Europa. Como destaque, o conjunto Vitor Dantas Medeiros de Carvalho e More Than Extra são, neste momento, o melhor conjunto brasileiro da Liga Sul-Americana 2024”, informou Nuno Miguel Gomes da Costa Brito Eusébio, presidente da CSE.

Em agosto, o governo brasileiro anunciou a autorização, pelas autoridades sanitárias da União Europeia, para que o Brasil exportasse equinos vivos. Isso se deu com o Certificado Zoosanitário Internacional (CZI) sendo considerado válido a partir da zona BR-1 (Paraná e Rio de Janeiro).

A União Europeia é o segundo maior destino para os produtos do agronegócio brasileiro, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). No primeiro semestre deste ano, as exportações agrícolas do Brasil para aquele mercado somaram US$ 11,05 bilhões. Com este anúncio, o agronegócio brasileiro alcança sua 90ª abertura de mercado no ano corrente, totalizando 168 aberturas em 56 destinos desde o início de 2023.

“Damos os parabéns aos proprietários e cavaleiros Vitor Dantas Medeiros de Carvalho e Priscila Luminatti e às suas equipes (veterinários, despachantes, agentes de cargas, etc.) pela dedicação e obstinação em fazer com que se tornasse possível esta primeira viagem. E desejamos sucesso nas futuras competições destes cavaleiros e cavalos na Europa em representação do Brasil”, disse, em nota, Nuno Brito Eusébio que é criador de lusitanos e exerceu papel fundamental no processo de abertura do corredor sanitário para exportação de cavalos para Europa.

“Acreditamos que estes sejam os primeiros de muitos cavalos que o Brasil venha a exportar, seja de animais nascidos no Brasil, seja de animais provenientes de outros países, e que, com isso, o Brasil volte a conquistar o reconhecimento de ser um país de bons cavalos, seja pela sua vocação para a criação de cavalos, seja pela qualidade dos seus cavaleiros. Este é apenas um primeiro e importante passo para a equideocultura nacional, colocando o Rio de Janeiro no mundo internacional do cavalo e da competição equestre”, completou.

O presidente da CSE também salientou que ainda falta a liberação do Estado de São Paulo para exportar para a União Europeia.

Abertura do mercado — À época da abertura da exportação, o Ministério da Agricultura e Pecuária informou ao Adestramento Brasil que, historicamente, em 2008, o Brasil exportou quase 50 toneladas de cavalos vivos, mas estimar o volume de negócios atual é desafiador por se tratar de um mercado especializado e de alto valor agregado.

“A reabertura do mercado traz benefícios significativos para os criadores nacionais, que anteriormente enfrentavam altos custos com a necessidade de realizar a quarentena dos animais em outros países antes de exportá-los para a União Europeia. Agora, essa etapa intermediária não será mais necessária, reduzindo custos e simplificando o processo”, explicou o Mapa.

De acordo com o Mapa, desde 2014, o Brasil estava impedido de exportar para a União Europeia devido à detecção de mormo em um animal exportado. Esse embargo foi formalizado na Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Em 2022, com a mudança dos requisitos da União Europeia, o Brasil identificou uma oportunidade de negociação, que levou dois anos para culminar na reabertura do mercado.

Exportação de material genético — Nesta quarta-feira (12/11), também foi publicada no Diário Oficial a Lei Nº 15.02, que dispõe sobre o controle de material genético animal e sobre a
obtenção e o fornecimento de clones de animais domésticos destinados à produção de animais domésticos de interesse zootécnico e dá outras providências. Confira a lei.

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