O evento nacional mais importante do ano fechou ao fim no domingo (10/09), após três dias de provas e um de inspeção veterinária. O balanço da Taça Brasil e do Campeonato Brasileiro, com o concurso internacional valendo para os títulos de sênior e sênior top, foi positivo. Dos 149 conjuntos inscritos, sendo 17 no CDI e 132 no nacional, um total de 144 (128 no nacional) entraram efetivamente em pista. Assim, o ano de 2023 registrou recorde de competidores, desde, pelo menos, 2017, ano quando o site Adestramento Brasil começou a contabilidade.

As séries mais disputadas foram a elementar aberta com 24 conjuntos; a preliminar aberta com 16; sênior (CDI 1* em small tour) com 12 concorrentes, além de média 1 e média 2 profissionais com 11 combinações cada.
Em entrevista em vídeo, Sergio de Fiori, diretor da modalidade na Confederação Brasileira de Hipismo, avaliou que o balanço foi muito positivo, com inscritos em todas as categorias de bases e conjuntos de outros Estados. Ele também falou sobre a realização de um internacional junto com os campeonatos.
“Não é a primeira vez do Brasileiro junto com CDI; achamos que engrandece o evento. A participação dos juízes internacionais é interessante para os nossos cavaleiros, porque eles acabam julgando as provas nacionais também. Além disso, foi mais uma chance importante para o pessoal do GR atingir o MER”, pontuou.
Infelizmente, o índice necessário para o Brasil poder competir por equipes nos Jogos Olímpicos de Paris, caso conquiste a vaga no Pan de Santiago, não foi atingido. A equipe brasileira para o Pan-Americano será divulgada nesta semana.
Lindinha Macedo, juíza nacional que foi convidada a julgar as provas de São Jorge no CDI 1*, ressaltou o número recorde de concorrentes como ponto positivo. “Fiquei muito feliz de ter julgado as provas do CDI; tenho uma experiência bem grande em julgamentos na CBH e na FPH”, disse. “O adestramento é uma modalidade muito difícil; qualquer deslize e problema são duramente penalizados. De uma forma, os cavalos estão evoluindo. Gostei muito de ver muitas crianças, muitos minimirins”, apontou.
Presidente dos júris de campo do concurso internacional, Campeonato Brasileiro e Taça Brasil, Claudia Mesquita contou que foi uma engenharia montar a estrutura para abrigar os quase 150 conjuntos. No último dia, domingo (10/9), uma terceira pista precisou ser aberta para acomodar as provas. “E ficou lindíssima. Isso nos traz bons ventos para o próximo ano, mostra que, se precisar, temos condições de fazer cinco pistas simultaneamente”, ressaltou. Mesquita esteve à frente da organização junto com Vincenzo Freitas e Fiori, da Confederação Brasileira de Hipismo.
De fato, o diretor Sergio de Fiori disse, ao agradecer a presença de todos, na confraternização no sábado, que espera ter 200 conjuntos no campeonato em 2024. “É isso mesmo. Vimos que existe a possibilidade de fazer e fazer bem feito [tendo muitos conjuntos]. Foi tudo muito bom. Obviamente, como em qualquer evento, tivemos problemas, mas são acertos e erros que vamos levar como experiência”, ponderou Mesquita.
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