Com oito, quatro e cinco conjuntos nas disputas em, respectivamente, cavalos novos quatro, cinco, seis e sete anos, o Campeonato Brasileiro consagrou animais que estão em diferentes níveis de treinamento. Os campeões Paulo Cesar dos Santos (CN4), Cesar Marques (CN6) e Frederico Correa Mandrot (CN7) contaram, em entrevistas em vídeo, como estão os treinamentos, avaliaram suas reprises e adiantaram o que pretendem para suas montarias daqui para frente. Também entrevistado durante o Campeonato Brasileiro, Fábio Rogério Lombardo Júnior disputou com quatro cavalos a competição e contou como foi.

A disputa mais acirrada de cavalo foi na categoria quatro anos, que teve oito concorrentes, e com pódios diferentes nos dois dias de provas. Na sexta, Paulo Cesar dos Santos levou Proton da Sasa JE à vitória ao pontuar 84,400%, mas, na final, no domingo, os 74,400% não foram suficientes para colocá-los entre os três primeiros. No entanto, na média final, a dupla arrematou 79,400% , consagrando-se campeã, à frente de Eduardo Alves de Lima que ficou com média de 76% com Patronos VO.
“O Proton estreou no início do ano, fizemos quatro provas e vim bem constante com ele”, contou Santos, que falou ainda da participação com Ouro da Sasa JE, com quem ganhou a elementar profissional, e sobre a trajetória com o Fidel da Sasa JE. “Mudamos da São Jorge para grande prêmio, foi um desafio e tive muito apoio do meu professor e do Nuno também. Conseguimos cumprir o objetivo que tínhamos”, disse. “Minha estreia em um GP é algo que vou guardar para toda minha vida.”
Em cinco anos, vitória para Murilo Augusto Machado e Onabeat VO. O conjunto venceu as duas reprises com 77% em cada uma delas e ficou sete pontos porcentuais à frente do segundo colocado, Billy Souza, que fez 70,100% com Drosa Tori Moon — a dupla empatou na média final com Edneu Senhorini e Orvalho Mito do Vouga, mas, pelo regulamento, é a colocação da prova do segundo que serve como desempate.
Cesar Marques e Nagog Cap OA levaram o título de campeão em seis anos, depois de vencer as duas provas e obter 68,550% de média final. Com 1,05 ponto porcentual de diferença, Jeferson Pereira, o Cuta, foi vice-campeão com Norton Crystal (67,500%).
“Estou no Brasil há cerca de 2,5 anos a trabalhar em uma parceria do Sons of the Wind Farm, do senhor Vitor Silva, com a dra Clélia, do Haras Castanheiro. Este cavalo eu comecei desde o início e agora, há seis anos, eu o adquiri em parceria com a Fernanda Negreli”, relatou. “É muito importante manter uma escala de treinamento e acho que cavalos novos se devem fazer porque as provas estão organizadas já para ter o percurso do trabalho evolutivo do cavalo em termos de idade”, completou.
Disputa acirrada também em sete anos. Joana Marie Sliwik ganhou com Marfim da Sasa JE o primeiro dia com 70,254% e Frederico Correa Mandrot ficou na segunda colocação com Maraja da Sasa JE e 68,868%. Já no segundo dia de provas, Mandot tomou a liderança com 65,371% e quem ficou em segundo lugar foi Lindelvan da Costa Santos que montou MR Pastor do Vouga para 65,286%. Na média final, Mandot fechou com o porcentual mais alto (67,120%) e levou o título, ficando Sliwik em vice (66,892%). “O Maraja está comigo desde potro, desde a primeira montada, iniciando ele e estou muito contente com os resultados que vemos obtendo.”, disse Mandrot.
Também entrevistado durante o Campeonato Brasileiro, Fábio Rogério Lombardo Júnior disputou com quatro cavalos a competição. No vídeo, ele contou o trabalho que vem desempenhando junto ao Rancho Cariama e os planos de subir os animais para provas mais altas, como grande prêmio. Juninho está no Cariama há dois anos e contou que o projeto é ter de cinco a seis cavalos de GP entre lusitanos, pura raça espanhola e sela ibérica. “Este é o projeto a longo prazo e, daqui a três a quatro anos, vão começar a vir os primeiros ferros da gente mesmo”, disse.
>>> resultados individuais do CBA/Taça Brasil
Assista abaixo às entrevistas em vídeo com os atletas profissionais:
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