Esporas em provas FEI serão facultativas a partir de 2024  

As esporas passam a opcionais e devem ser de metal, quando usadas. A mudança — antes, eram obrigatórias — consta do regulamento de adestramento da Federação Equestre Internacional aprovado na última Assembleia Geral da entidade (leia todas as matérias) e cujas novas regras serão válidas a partir de 1º de janeiro de 2024. Além da facultatividade das esporas, houve redução do porcentual mínimo em CDIs 4* e 5* nas provas de qualificação e outros pequenos ajustes. Abaixo, confira um compilado das principais alterações no regulamento FEI.


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Esporas — As esporas são opcionais e devem ser de metal. A haste deve ser curva ou reta apontando diretamente para trás desde o centro da espora quando estiver na bota do atleta. Os braços da espora devem ser lisos e cegas. Se forem usadas rosetas, elas devem ser cegas/lisas (sem arestas vivas) e livres para girar. Esporas de metal com botões redondos rígidos são permitidas (impuls) e os botões podem girar. Esporas “fictícias” (dummy) sem haste também são permitidas.

Redução — Outra mudança foi a redução de 65% para o mínimo de 60% na prova de qualificação em CDIs 4* e 5, além de CDI-W na Europa Ocidental, para o conjunto se classificar para o teste final. Assim, o porcentual exigido fica igual para todos os níveis de concursos internacionais. Segue sendo obrigatória a embocadura de freio-bridão apenas para CDIs acima de três estrela — 1 e 2* pode tanto bridão, quanto freio-bridão.

Painel de supervisão de juízes (JSP) — A este tópico, foi acrescido: O Conselho da FEI é responsável pela nomeação e destituição de membros do JSP após consulta ao Comitê de Adestramento. Os membros do JSP serão nomeados para mandatos de quatro anos (renováveis). O Conselho terá o direito de aplicar termos escalonados nos casos em que todos os membros do JSP sejam cessantes e/ou reelegíveis no mesmo ano. Um membro JSP que não seja um juiz de adestramento da FEI terá o status, direitos e responsabilidades de um oficial da FEI e está, portanto, vinculado às disposições relevantes das Regras e Regulamentos da FEI.

Duas mãos nas rédeas — Montar com as duas mãos é obrigatório nos eventos de adestramento da FEI. O regulamento deixa claro que, ao sair da pista com rédea longa, após finalizada a prova, o atleta poderá usar apenas uma mão. No entanto, além do alto e saudação, nos quais é obrigatório segurar as rédeas com uma mão, no restante da prova é obrigatório segurar com ambas as mãos. Um discreto ‘tapinha no pescoço’ para um exercício bem executado é aceitável, assim como em uma situação na qual o atleta precisa tirar uma mosca do olho ou outras situações como ajustar roupas.

Porém, se o atleta intencionalmente pegar as rédeas em uma mão, a fim de utilizar as rédeas ou a outra mão para produzir mais impulsão do cavalo ou para promover aplausos dos espectadores durante a prova, será considerado falta e será refletido na nota, tanto do movimento quanto coletiva. Para provas de estilo livre, deve-se buscar as diretrizes específicas.

Regulamento de adestramento FEI – 2024 | Com marcações | FEI Tack, Equipment

Mudanças nos padrões de teste para capacetes
À parte do regulamento, a FEI divulgou que um painel internacional de especialistas reunido pelo Comitê Médico da FEI apresentou um conjunto de propostas importantes para fortalecer os atuais padrões de teste para capacetes equestres como forma de aumentar a segurança dos atletas no esporte equestre.

Com a tarefa de revisar os padrões atuais de teste de capacetes equestres e literatura científica relacionada, o Grupo de Trabalho de Capacetes da FEI foi criado em abril de 2023 e é composto por um painel de especialistas internacionais, incluindo engenheiros, especialistas em padrões, médicos, fabricantes de capacetes, atletas e representantes de cavalos.

Após uma reunião inicial presencial e frequentes discussões online, o Grupo de Trabalho de Capacetes da FEI concluiu que os critérios de ensaio científico precisam de ser melhorados através de novos modelos e simulações informáticas que reflitam melhor os acidentes da vida real. Isto permitirá uma mudança nos padrões de capacetes que oferecem aos atletas melhor proteção contra lesões na cabeça.

Também apontou que medidas de teste adicionais e limites atualizados de transmissão de energia cerebral devem ser incorporados aos protocolos de teste atuais para melhor levar em conta as diversas forças que ocorrem nas quedas equestres. O Grupo de Trabalho de Capacetes da FEI recomenda que estes novos protocolos de teste sejam introduzidos como um requisito pela FEI por volta de 2027, a fim de dar aos fabricantes tempo para fazer os ajustes necessários em suas linhas de produção.

Um novo e melhorado sistema de notificação de lesões deve ser estabelecido para rastrear lesões na cabeça e medir e avaliar a eficácia das alterações nos procedimentos de teste.

Imagem: print do FEI Tack, Equipment

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