Ronan Murphy analisa adestramento e sugere licença social para operar

Licença social de adestramento para operar; uma análise da modalidade nas últimas décadas; qual é o adestramento a que se aspira e planos de ação foram temas abordados na apresentação de Ronan Murphy (foto), diretor para adestramento, paraequestre e volteio da Federação Equestre Internacional, durante reunião no âmbito da Assembleia Geral da FEI, nesta terça-feira (12/11). “Uma licença para operar não é uma grande questão por causa de dressage, no entanto, é justo dizer que o adestramento está na linha de frente atualmente e estamos realmente sob um microscópio”, disse ao começar sua palestra.


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Murphy fez uma atualização do encontro das partes interessadas no adestramento de 1º de outubro — Dressage Stakeholders Meeting — destacando o bem-estar animal no adestramento e chamando para a reflexão sobre as críticas que recaem na disciplina. Foram apontados ainda planos de ações, incluindo, iniciar um processo para identificar e atribuir um número de registro FEI a todos os treinadores de adestramento que participarem de eventos da FEI.

Encontrar áreas para melhorar o bem-estar animal é necessário; e alguns dados da apresentação deixam claro por que a comunidade deve agir rapidamente. Durante os Jogos Olímpicos 2024, foram feitas 24 alegações de abuso de cavalos, 19 das quais endereçadas ao adestramento, e 20 mil fotografias foram enviadas à FEI para revisão. Além disso, com relação a petições ao Comitê Olímpico Internacional para proibir o desporto equestre durante e após Paris 24, foram contabilizadas 83.510 petições da PETA (aproximadamente 30 mil em apenas uma semana); 59.693 por Care2petitions; 40.264 por meio da Change.org; 9.629 pelo The Animal Rescue Site e 1.459 pelo Animal Petitions ORG.

Murphy ressaltou que o objetivo do adestramento é o desenvolvimento do cavalo como um atleta feliz em um estado mental e físico positivo por meio de uma educação harmoniosa, permitindo que o cavalo seja calmo, flexível, solto e flexível, mas também confiante, atento e perspicaz, alcançando assim um entendimento perfeito com o cavaleiro.

>>> Confira a apresentação aqui.

Essas qualidades são reveladas pela liberdade e regularidade dos passos; harmonia, leveza e facilidade dos movimentos; leveza da frente e o engajamento dos traseiros, originados de uma impulsão viva; e aceitação do freio, com meticulosidade, sem qualquer tensão ou resistência.

Para endereçar as questões que estão colocando o esporte na berlinda, o diretor apontou que estão em evolução projetos de pesquisa e desenvolvimento nas áreas de cavidade oral, estudo de campo de focinheira incluindo mecanismo de medição, revisão da língua azul, comparação da tensão das rédeas, entre outros.

Além disso, faz-se uma discussão aberta acerca de julgamento e avaliação; treinamento; stewarding; atletas; regras da FEI; comunicações/mídias sociais; e pesquisa e publicações científicas.

Os próximos passos incluem estabelecer um grupo de trabalho (GT) do plano de ação estratégico de adestramento; uma estrutura de bem-estar equino com plano de ação; utilizar o processo de revisão das regras da FEI para implementação de mudanças nas regras; lançar e comunicar o processo, prazos e marcos para as entregas; iniciar o processo para identificar e atribuir um número de registro FEI a todos os treinadores de adestramento que participam de eventos da FEI; e estabelecer um acordo de código de conduta para todas as partes interessadas em adestramento registradas a partir de 1º de janeiro de 2025.

Assista à apresentação:

>>> Leia todas as matérias sobre a Assembleia Geral da FEI

Foto: divulgação FEI/Solo Studio

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