Mais atletas recebem sanções no adestramento devido a alegações de má conduta e abuso a cavalos. Desta vez, as canadenses Evi Strasser e Tanya Strasser-Shostak foram, provisoriamente, suspensas pela Federação Equestre Internacional. “A FEI está ciente das suspensões provisórias feitas pela Equestrian Canada (EC) de Evi Strasser e Tanya Strasser-Shostak e as implementou em nível FEI. É prática comum para a FEI retribuir suspensões (provisórias) das federações nacionais a nível da FEI e vice-versa. Nesta fase, a FEI entrará em contato com a Equestrian Canada e não poderá fornecer mais detalhes”, explicou a FEI a este site. Elas negam as acusações.
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A Federação Equestre Canadense (Equestrian Canada ou EC) não emitiu um comunicado de imprensa oficial, mas, em seu site, mãe e filha Stasser estão listadas como pessoas em situação irregular. Ao Eurodressage, a EC confirmou a suspensão delas e de todos os negócios, atividades e eventos relacionados à EC, a partir de 17 de fevereiro de 2024 e até enquanto se aguarda a conclusão de uma investigação — elas têm direito de solicitar a modificação ou revogação das medidas provisórias.
A causa da suspensão seriam alegações de má conduta” Segundo o Eurodressage, embora nenhuma evidência fotográfica/vídeo tenha sido compartilhada através dos canais oficiais, fotos de um cavalo supostamente gravemente maltratado no celeiro delas (Good Tyme Sables) teriam sido postadas no Facebook em 3 de dezembro de 2023.
O canal do YouTube DressageHub alegou que recebeu imagens e vídeos também e mostrou o que poderiam ser as imagens enviadas à federação canadense – assista aqui.
Outro lado — Em um comunicado conjunto publicado também no Instagram, elas afirmaram que as alegações recebidas pela EC sobre o Good Tyme Stables são sem fundamento e partiram de uma funcionária que, segundo elas, foi demitida por conduta pouco profissional e imprópria. Explicaram que, desde 2018, a ex-funcionária, que afirma ser concorrente delas, tem se envolvido em uma campanha de difamação e calúnia contra elas.
“Infelizmente, agora esta pessoa decidiu intensificar seus ataques contra nós, fazendo uma reclamação à Equestrian Canada por alegações surgidas em 2017. Negamos veementemente as alegações desta ex-funcionária descontente. Estamos defendendo vigorosamente esse assunto, por meio de nossos consultores jurídicos. Como sabem os nossos amigos e membros da comunidade equestre, defender tais alegações é um processo difícil e, por vezes, demorado. Agradecemos as amáveis palavras de apoio que recebemos e continuamos a receber, enquanto trabalhamos neste momento difícil”, diz o comunicado (leia aqui).
As amazonas canadenses competiram no último mês no Global Dressage Festival em Wellington, Flórida, mas as suspensões impostas pelo órgão governamental do Canadá significam que elas não poderão competir em lugar nenhum até que os casos sejam resolvidos.
Evi, de 60 anos, competiu pelo Canadá nas Olimpíadas de 1996, em Atlanta (EUA); nos Jogos Equestres Mundiais de 2006, em Aachen (Alemanha) e nas finais da Copa do Mundo em 1995, 1997, 2005 e 2007. Tanya, 28, competiu em cinco campeonatos juvenis norte-americanos e no Campeonato Mundial de Cavalos Jovens em 2023.
Cesar Parra — O caso ganhou repercussão internacional ainda mais, porque aparece na sequência da veiculação de vídeos com acusações de abuso feitas contra Cesar Parra, atleta de adestramento radicado nos Estados Unidos e que integrou a equipe dos EUA em campeonatos internacionais. Parra foi também suspenso pela FEI e a Federação Equestre dos EUA (USEF) emitiu uma nota à comunidade equestre afirmando que está documentando as violações e tomará medidas disciplinares ao mais alto nível.
Além disso, como consequência das acusações a Cesar Parra, a Federação Equestre dos EUA (USEF) está propondo mudanças nas regras com o objetivo de expandir a jurisdição da USEF para além dos ambientes de competições. A USEF quer aumentar seu escopo de jurisdição para prosseguir investigação e ação disciplinar por denúncias de abuso de cavalos ocorridos fora do ambiente de competição.
Também visa a aumentar o âmbito da jurisdição para o abuso de equinos, definir ainda mais as ações que são consideradas abuso de equinos, exigir a denúncia obrigatória de abuso de equinos e ampliar a capacidade da gestão da competição e dos funcionários licenciados para impor medidas disciplinares. ações durante uma competição por questões de abuso de equinos.
Foto: reprodução Instagram


