Presidente da FEI: “Sucesso de Paris 24 consolida nossa posição do programa olímpico” 

Ao discursar na abertura da Assembleia Geral da Federação Equestre Internacional (FEI), o presidente da entidade, Ingmar De Vos, comemorou o sucesso dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2024 em Paris e disse estar trabalhando junto com os organizadores dos Jogos de Los Angeles 2028, embora não tenha saído decisão do Conselho Executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI) sobre a cota, eventos e disciplinas. Também destacou o novo Plano de Ação da Estratégia de Bem-Estar Equino da FEI e a importância da mensagem “Seja um Guardião”, que visa a melhorar o bem-estar dos cavalos em todo o esporte.


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“Como vocês sabem, estamos revisando os formatos dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos desde a Assembleia Geral de 2016. Acredito que, com os ajustes adicionais feitos após os Jogos Olímpicos de Tóquio, agora temos um formato forte e bem-sucedido. Também fiquei feliz em ouvir isso em Paris dos atletas”, avaliou.

Com relação ao futuro dos esportes equestres em olimpíadas, o presidente da FEI disse que ainda aguarda a avaliação do COI, principalmente em relação a mídia, digital e transmissão. “Estou confiante de que o sucesso de Paris consolidará ainda mais a nossa posição no programa olímpico”, ressaltou, explicando que a FEI vem trabalhando intensamente com o comitê organizador de LA e também já se envolveu em discussões com os organizadores de Brisbane 2032.

“Apesar de ainda estarmos aguardando a decisão do Conselho Executivo do COI sobre a cota, eventos e disciplinas para Los Angeles 2028, já estamos trabalhando intensamente com o Comitê Organizador LA28. E, em Paris, também tivemos a oportunidade de ter discussões com os organizadores de Brisbane 2032”, disse.

Ele reconheceu que, apesar de Paris 24 e da Liga das Nações Longines, sucessos deste ano foram ofuscados por vários casos de problemas de bem-estar dos cavalos, incluindo casos envolvendo atletas de alto nível. “Este escrutínio colocou a comunidade do nosso esporte sob o microscópio público, exercendo uma tremenda pressão sobre nossas equipes veterinárias e de comunicação na sede da FEI, que enfrentaram um número esmagador de perguntas da mídia, fãs de hipismo e do público em geral”, assinalou.

“Se alguma vez houve um momento crucial para ganharmos a confiança e o respeito do público, isso se dá agora”, enfatizou, fazendo referência às ações da FEI para o bem-estar equino.

Na reunião do Conselho da FEI, realizada antes da Assembleia Geral na Cidade do México em 2023, a Comissão de Ética e Bem-Estar Equino (EEWB, na sigla em inglês) apresentou relatório final, delineando seis áreas prioritárias e 30 recomendações sobre como a FEI deveria liderar e agir. Com base nas descobertas do relatório, a FEI formulou sua Estratégia de Bem-Estar Equino tendo uma visão clara para garantir uma vida boa para os cavalos, complementada pela missão da entidade de todos serem guardiões do bem-estar dos cavalos. Para abordar as áreas de foco e recomendações identificadas pelo EEWB, a FEI desenvolveu um plano de ação com a mensagem central sendo “Seja um Guardião”.

“O termo guardião marca uma evolução na narrativa da FEI sobre a parceria cavalo-humano, refletindo o papel humano no cuidado com os cavalos e destacando a responsabilidade de cada indivíduo em garantir o bem-estar dos cavalos. Essa mudança na terminologia não é meramente simbólica; significa uma mudança fundamental em nossa abordagem ao bem-estar equino”, ressaltou De Vos, acrescentando que “palavras só têm peso quando apoiadas por ações significativas”.

O presidente da FEI disse que o plano de ação fornece uma estrutura clara para tomar decisões informadas. “Precisamos da ajuda de todos para aumentar a conscientização e agir em todos os níveis, reforçando nossa responsabilidade coletiva como guardiões de nossos cavalos”, continuou.

Para ele, a recente reunião das partes interessadas do adestramento, realizada em Lausanne em 1º de outubro, abrirá caminho para um futuro mais brilhante, não apenas para a disciplina, mas para o esporte como um todo.

De Vos também abordou a necessidade de aumentar a taxa de inscrição do atleta após anos sem ajuste, para dar suporte aos serviços ofertados pela entidade e atender às crescentes demandas.

Foto: divulgação FEI/Solo Studio

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