Depois de competir na Europa com Rosa Belle, a égua hanoveriana veio para o Brasil e Manuel Rodrigues Tavares de Almeida Neto estreou com ela em solo nacional no CDI 3* de agosto no Clube Hípico de Santo Amaro, último válido como seletiva para a equipe do Pan. Lá ganhou a prova de GP especial e, menos de três semanas depois, a dupla venceu a prova de grande prêmio do CDI 3* do Campeonato Brasileiro. Em entrevista em vídeo, ele falou do trabalho que vem fazendo com a égua, avaliou seu desempenho nos CDIs e destacou a necessidade de o Brasil conseguir MER. “Agora este é o esforço geral…É o nosso principal objetivo do ano”, destacou.
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Na Europa, o cavaleiro do Rocas do Vouga competiu alguns CDIs e avaliou que obteve um resultado satisfatório, mas não o suficiente que queria. Como estava voltando ao País, decidiu trazer Rosa Belle para treiná-la aqui. A égua chegou há cerca de dois meses, após ficar em quarentena na Bélgica.
“Ela chegou 40 dias antes do primeiro CDI. A dificuldade foi ter de fazer este processo [seletiva] sem ter ela fisicamente no ponto ideal. Mas, por conta das regras da CBH, eu não tinha como não fazer a prova [último CDI 3*, realizado em agosto no CHSA], se eu quisesse estar na equipe”, contou.
O trabalho desde então foi muito focado em melhorá-la fisicamente. Falando sobre o que viu de diferente entre os dois CDIs dos quais participou no Brasil, Manuel Tavares apontou a recuperação dela e a confirmação de exercícios. “Consegui fechá-la um pouco mais; as transições foram melhores, o piaffe foi um pouco mais fluido e a passage mais marcada, porque ela tem tendência de fazer tudo muito grande”, disse. Manuel Almeida e Rosa Belle não disputaram o segundo dia, ficando fora da definição do título brasileiro.
Uma das metas é integrar a equipe brasileira no Pan. “Acho que a gente teve bons resultados, mas temos de esperar e confiar na Confederação Brasileira e no nosso técnico, mas de qualquer jeito é um conjunto que está à disposição do Brasil também eventualmente para as olimpíadas. É continuar tentando buscar o índice”, assinalou.
Seu irmão, Pedro, foi para Europa para tentar obter os porcentuais necessários. “Agora, é torcer muito para que os conjuntos que estiverem no Pan de grande prêmio consigam um índice lá para depois tentar tudo em dezembro [no CDI] na nossa casa.”
Entenda – O Brasil, caso conquiste, nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, em outubro, a vaga para competir por equipe nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, precisa apresentar, até 31 de dezembro, o certificado de capacidade. Nele, é exigido que o País aponte que, pelo menos, três conjuntos alcançaram os requisitos mínimos de elegibilidade (MER, na sigla em inglês), durante o período que vai do Campeonato Mundial da FEI em Hering 2022 até 31 de dezembro de 2023.
Até o momento, João Victor Marcari Oliva conseguiu MERs com Escorial Campline e Feel Good VO e Renderson Silva de Oliveira, com Fogoso Campline. Mas os três conjuntos precisam ser distintos. Desta forma, ainda é necessário que outra combinação pontue o mínimo de 67% em prova de grande prêmio, em, pelo menos dois concursos internacionais CDI 3* ou superior (CDI3/CDI4/CDI5/CDI-W/CDIO), tanto como nota final quanto com um juiz de nível quatro (FEI L4/5*) de nacionalidade diferente do atleta. Leia matéria completa aqui.
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Assista à entrevista:
3 respostas para ‘Manuel Tavares de Almeida: o esforço geral é obter o MER’