Clélia Erwenne: Lusitano começa a se mostrar nos esportes equestres de forma completa

Os cavalos lusitanos estão sendo, cada vez mais usados, em mais modalidades hípicas Em entrevista em vídeo, Clélia Erwenne Araújo, contou que, apesar de criar com foco no adestramento, os animais da Coudelaria do Castanheiro estão embrenhados na equitação de trabalho e no salto. Ela fez um balanço do ano, comentou sobre o plantel, falou sobre a linhagem e sua realização em ver amadores aproveitando a montabilidade de animais de sua criação. Confira a seguir os principais trechos da entrevista e assista ao vídeo na íntegra.

Ano de 2025
O ano tem sido cheio de trabalho.; com sérios problemas de pasto e muita seca. Com um volume grande de cavalos e muita seca, fica bastante difícil o trabalho de pasto. Mas temos conseguindo muito bons resultados; nossos fornecedores foram muito bons e nada faltou. Tudo deu certo e até ampliamos o número de cocheiras. Estamos com mais ou menos 50 cavalos encocheirados.

Criação e treinamento
Quando a gente vê que o potencial do cavalo é um pouquinho diferente, a gente manda para um ou para outro cavaleiro. Temos cavalos treinando salto e que vão muito bem, de forma que eu acho que a raça lusitana está começando a se mostrar nos esportes de uma forma completa.

Os nossos clientes, de modo geral, são pessoas maduras, profissionais liberais que resolveram aprender essa equitação completa, exigida no adestramento, e os comandos dessa integração com o cavalo. A gente cria e quer que vá para mãos boas, de pessoas que curtam o cavalo, consigam se relacionar com eles e evoluir, dos estágios elementar do adestramento aos estágios mais fortes.

Criação para amador
Nós tentamos ter éguas bastante boas morfologicamente e garanhões que se expressem pelo andamento amplo, que o o adestramento exige, e que tenham montabilidade mental, quer dizer, cavalos que tenham uma boa cabeça.

Nesse sentido, eu tive muita sorte. Há uns dez anos, eu escolhi um cavalo que muita gente disse que não era um cavalo, era uma girafa: o Gengibre Comando SN. Mas é um cavalo esportivo. Foi muito bem em cavalos novos com o nosso cavaleiro Almir Marinho; campeão de 4 anos e de 5 anos.

Depois, ele teve um problema de tendão e nós acabamos não forçando mais o cavalo no adestramento, mas usando ele principal como garanhão. Tem vários filhos que são bons cavalos e ele passa essa docilidade. Um dos filhos do gengibre, o primeiro que nasceu na minha casa, chama-se Number One.

O Number One é um cavalo de 1,80 m de cernelha, muito parecido com o Gengibre com a cor lobuna. Está em Brasília com um cavaleiro paraequestre e conseguiu o índice MER para Aachen. Vamos ver se conseguimos levar esse cavalo para lá.

Se tiver um cavalo que chegue um dia na Olimpíada com um cavaleiro profissional ótimo, eu vou me sentir mais realizada, obviamente, mas é esse trabalho mais básico, na horizontal, pegando a população amadora e que traga novos indivíduos, que tenham coragem de subir no cavalo.

Bitless
Temos um convite de uma cavaleira especializada em bitless para a gente participar de um programa para o lusitano e a gente modernizar a visão do cavalo, dentro de tudo que a sociedade hoje espera de proteção dos animais. Isso é um começo, mas é um começo que tem perspectiva e o Castanheiro tem de investir nessa perspectiva também.

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