Quillota, Chile — Técnico da equipe brasileira e treinador pessoal de João Victor Marcari Oliva, Norbert Van Laak saiu desse Pan-Americano sabendo que fez história. “Estou muito orgulhoso e feliz”, disse, algumas vezes, durante a entrevista em vídeo na Escola de Equitação do Exército em Quillota, região de Valparaíso, sede do hipismo nos Jogos de Santiago, após João Oliva conquistar a medalha de prata individual inédita, dois dias depois de o Brasil subir, pela primeira vez, no segundo lugar do pódio por equipe. “Tenho de dizer que começou, na verdade, no Odesur. Temos de pensar que todos os cavaleiros fazem parte do time”, destacou, ressaltando a importância dos Jogos Sul-Americanos, quando o Time Brasil voltou com todas as medalhas possíveis e classificou o País para Santiago 2023.
“Temos de ver isso de maneira bastante aberta, de que é possível, de que temos de ficar juntos e trabalhar nisso. No Brasil, temos bons cavalos com bons cavaleiros e podemos fazer muito, mas precisamos treinar muito”, disse, voltando a repetir que estava muito animado e orgulhoso. Ele também estava muito emocionado. Não conteve as lágrimas ao falar de João Oliva, quem considera como se fosse seu filho.
Destacou ainda a história de Renderson Oliveira, que começou com o João. “Isso é histórico; ele começou como tratador e depois cavaleiro. Está montando um supercavalo e veio aos Jogos pan-Americanos. Eu conheço ele; estava super nervoso, mas fez uma super prova no grande prêmio e no especial. Temos de estar super felizes”, disse. “E temos também o Fidel, que fez small tour no Odesur e aqui ele fez muito bem. Certamente, ele pode e vai fazer melhor”, acrescentou.
Quando a Confederação Brasileira de Hipismo anunciou sua intenção de formar um time com conjuntos de big tour, a meta pareceu arrojada. O que se seguiu foi um esforço de muitos cavaleiros de subirem seus animais para tentar uma vaga — como foi o caso de Fidel da Sasa JE e Jorge VO.
Questionado acerca deste processo, Norbert Van Laak apontou que competir no GP requer tempo, paciência, bom treinamento e bons cavalos. “Temos cavaleiros talentosos e precisamos da combinação certa entre cavaleiro e cavalos e no tempo certo”, apontou. “Eu vi bons novos cavaleiros e temos de dar a eles possibilidades para treinar e não apenas no Brasil. Eles têm de sair do Brasil e competir fora”, acrescentou.
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