A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), por meio do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) do Rio Grande do Sul, interditou a Sociedade Hípica Porto Alegrense, no último dia 25 de março, devido à ocorrência de um animal com Anemia Infecciosa Equina (AIE). A medida, segundo informou a Seapi ao Adestramento Brasil, segue os protocolos sanitários vigentes com o objetivo de evitar o ingresso de outros animais até o saneamento do foco.
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“Todos os equinos alojados nas instalações tiveram amostra sorológica coletadas no dia 26 de março para exames, a fim de verificar se há mais animais infectados no local. São realizados dois testes, com intervalo de 30 dias. A segunda coleta está prevista para o dia 26 de abril. Não tendo mais casos positivos, o local será desinterditado até o início de maio”, informou a secretaria.
Procurada por este noticiário, por e-mail e Instagram, a Sociedade Hípica Porto Alegrense não respondeu à solicitação de posicionamento. A SHPA tampouco informa, em seu site ou perfil no Instagram, sobre o caso de AIE e a interdição. A única referência pública é o cancelamento do CSE (Concurso de Salto Estadual), que estava previsto para os dias 05 a 07 de abril, por questões sanitárias dos cavalos.
A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação detalhou ainda que a AIE é uma infecção persistente e nem todos os animais infectados mostram sinais clínicos, além de ser uma doença que não tem cura. O Serviço Veterinário Oficial do RS (SVO-RS) ressaltou que essa é uma doença presente no Estado do Rio Grande do Sul e que a defesa sanitária animal tem em sua rotina o controle e saneamento de focos detectados. Também destacou que a notificação de casos é obrigatória, portanto, quem tiver conhecimento ou suspeitar de animais doentes deve comunicar aos órgãos de defesa animal.
Em 2024, foram registrados 18 focos da doença no Rio Grande do Sul, sendo que 17 ainda estão ativos, cumprindo os prazos de saneamento.
Quando um caso de AIE é detectado, existe uma série de procedimentos que devem ser tomados. A médica veterinária Rachel Worthington explicou ao Adestramento Brasil que, em casos inconclusivos ou positivos, o laboratório deve imediatamente notificar o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) por meio do órgão da secretaria da agricultura.
Por sua vez, este órgão procede com a interdição do local e reteste do animal. Se o animal testar positivo novamente, o próximo passo (se não houver judicialização) é a eutanasia deste animal e reteste de todo o plantel. Além disso, o local fica interditado em quarentena.
A Instrução Normativa Nº 45, de 15/07/2004, estabelece todas as normas para a prevenção e o controle da Anemia Infecciosa Equina e aponta o que fazer em casos positivos — confira aqui o documento, atentando-se somente à redução do prazo de validade do exame de AIE, que, agora, é de 60 dias a partir da coleta do sangue.


