A realização de uma prova com a participação de concorrentes de outros Estados fomenta o adestramento no Rio de Janeiro. É essa a importância da primeira edição da Copa Sabemi, conforme salientou a juíza internacional FEI L3/4* Claudia Mesquita, em entrevista em vídeo, durante o concurso nacional na Sociedade Hípica Brasileira. Neste sábado (17/8), segundo dia de provas, foram 61 concorrentes, sendo metade de amadores representando as federações do RJ, Brasília e São Paulo. O evento segue até domingo.
“A Sabemi não é patrocinadora tradicional do adestramento. Este projeto surgiu da amizade de Tulio Severo, sua esposa, Claudia, e a Monica [Lumack]. Isso é necessário, porque sempre os patrocinadores são pessoas oriundas do adestramento e este foge à regra. Tenho certeza de que é o início de uma série de eventos Sabemi”, disse durante palestra.
Mesquita enfatizou ainda a necessidade de se valorizar e fomentar os amadores, que são a base do esporte. “Precisamos de ídolos, referências e eventos como esse. E precisamos valorizar os amadores, que são o berço de tudo isso. Só existem profissionais, se existirem amadores. Temos de ter carinho especial com eles, ter eventos como este que valorizem o grupo, senão, não vamos a lugar algum”, apontou.
Palestra
Na sexta, 16/8, Mesquita realizou uma breve palestra aberta aos inscritos na Copa e também aos sócios da SHB, na qual destacou que não há diferenças entre trabalho de plano e adestramento, porque a base é igual. “O que une as três modalidades olímpicas é a força, fundamental e determinante para todas; elasticidade da coluna e flexibilidade de corpo”, apontou.
Além disso, Mesquita destacou que nada é possível sem respeito ao animal e disciplina; e é a conexão que leva a alcançar os objetivos. “Trabalhar a base equestre, desde o potrinhos, escala de treinamento, que nada mais é que treinamento por idade, até chegar à sonhada medalha é o que temos trabalhado de crescimento e de médio a longo prazos. E este trabalho é necessário nas modalidades olímpicas.”
Adestramento ou trabalho de plano são a mesma coisa; é andar para frente, ampliar e voltar. “As pessoas perceberem que, investindo em adestramento ou trabalho de plano, têm classificação superior. Este tipo de trabalho pode te fazer chegar lá em cima, porque adestramento e trabalho de plano são a base do treinamento, o que difere é quando entra na sintonia fina, que cada modalidade terá suas características específicas no treinamento final”, explicou.
Assista à entrevista:
Esse conteúdo foi produzido por Adestramento Brasil com o patrocínio da Copa Sabemi.
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