Cassia Cestari Delboni diz que sempre foi apaixonada pelo adestramento, pela sintonia entre cavalo e cavaleiro. Foi com isso em mente que aceitou o convite para assumir a diretoria de adestramento da Feerj. “Acredito no potencial de crescimento do adestramento no Rio de Janeiro; vi a oportunidade de contribuir ativamente para o desenvolvimento da modalidade, incentivando novos talentos, promovendo competições e fortalecendo o esporte, desta vez sob um olhar diferente, não como juíza ou amazona, mas como uma figura capaz de gerenciar o esporte no Estado”, contou ao Adestramento Brasil.
Esta é a segunda de uma série de matérias que Adestramento Brasil está fazendo para mostrar o que os diretores estaduais da modalidade planejam para o ano, quais são seus objetivos e como pretendem alcançá-los.
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Ela disse que assume com a vontade de colocar em prática novas ideias e sem medo de enfrentar as dificuldades para realizar alguns sonhos. “Quem sabe, coloco um tijolo a mais, ajudando a criar um ambiente mais estruturado e acessível para os atletas, sempre visando ao bem-estar animal, à evolução técnica e ao crescimento do adestramento no Estado”, sinalizou.
O Rio de Janeiro carrega história no adestramento, tendo tido profissionais, amazonas e cavaleiros que contribuíram para a evolução do esporte. “Como tudo em nossas vidas, há altos e baixos, momentos que refletem nosso espírito coletivo, com momentos de glória e muitos representantes; e outros onde permaneceram só os mais resilientes. Hoje, o adestramento segue crescendo novamente, com, cada vez mais atletas, apaixonados”, enfatizou a diretora, completando que “a paixão é o mais puro motivador do crescimento no esporte”.
“Quando somos capazes de mostrar que o adestramento é essencial para aprimorar a comunicação entre cavalo e cavaleiro, não há atleta, de qualquer outra modalidade, que não ceda a beleza do adestramento. Hoje, este é o ponto alto, a redescoberta dessa linda arte, com todos profissionais, civis e militares, juntos engajados para representá-la”, seguiu.
Cassia Cestari Delboni reconhece que existem fatores a serem aprimorados e lapidados, mas avaliou que isso só ocorrerá com o tempo e todos seguindo para um mesmo caminho.
A nova diretora apontou que no Rio a proporção entre atletas profissionais e amadores está crescendo juntos. “Temos novos profissionais que juntos inspiram novos amadores, hoje, totalizando por volta de 50 representantes.”
Principais desafios
Ao começar a gestão, Cassia Cestari Delboni disse que seu maior desafio é difundir a essência do adestramento e o quão importante ele é para que, cavalo e cavaleiro, tenham recursos para executar qualquer outra modalidade no hipismo.
“O adestramento não é só a base da equitação: é o início, o meio e o fim de qualquer comunicação que queira estabelecer com o cavalo, dando recursos para executar um bom percurso, um bom cross ou um bom passeio, pois com equilíbrio, com ajudas finas e independentes, seu cavalo compreende gentilmente sua intenção, estabelecendo um momento harmonioso, sem dor, frustração ou incômodo para o cavalo. Arrisco-me a dizer que o adestramento é o caminho para o bem-estar animal, quando praticado com compaixão”, avaliou.
Nesse sentido, à frente da Feerj, ela tem como objetivo principal expandir a modalidade e trazer “novos corações” para que haja a evolução do esporte no Brasil. Também visa a aprimorar mais os profissionais e os amadores com cursos previstos durante o ano.
Um dos planos da federação inclui introduzir as reprises estilo livre com música (freestyle) em apresentações para fechar o ano. “Nossa última etapa do ranking de adestramento da Feerj será com essas reprises, onde cavaleiros e amazonas terão o ano para praticá-las e tirarem suas dúvidas. Quanto maior a curiosidade, maior é a busca pelo conhecimento e assim, será inevitável que não se apaixonem pelo adestramento”, detalhou.
Já quanto aos cursos, os projetos ainda serão apresentados à CBH — eles incluem curso de renovação para juízes de adestramento e clínicas para os cavaleiros e amazonas.
A temporada fluminense contará com Desafio Brasil, em maio, na Sociedade Hípica Brasileira; CAE e CAN previstos para junho e agosto, respectivamente; e, junto com o Exército Brasileiro, serão promovidas diversas competições, compondo o Ranking de Adestramento da Feerj de 2025. “E ainda vamos estrear no Teresópolis Golf Club, onde estão entusiasmados para promover o adestramento.”
Levar equipe estadual para participar do Campeonato Brasileiro está nos planos. “Nosso foco é fortalecer o adestramento no Estado, incentivando a participação dos atletas e proporcionando oportunidades para evolução técnica. Para isso, estamos planejando a realização do CAE e do CAN antes de outubro, como etapas fundamentais de preparação. A ideia é criar um ambiente competitivo e de aprendizado que motive os atletas a buscar a classificação e representar o Rio de Janeiro no Campeonato Brasileiro”, adiantou.
Para além de Cassia Cestari Delboni, a diretoria de adestramento da Feerj terá uma nova abordagem, contando com a participação de profissionais de grande relevância. Terá o auxílio dos juízes da CBH Márcio Costa e Renato Gomes e um suporte técnico qualificado a fim de garantir que as decisões tomadas sejam mais equilibradas e com efeitos duradouros para o desenvolvimento da modalidade no Estado, explicou a diretora.
Cassia Cestari Delboni conta ainda que a Feerj seguirá firme na consolidação do paradestramento no Estado, fortalecendo a participação dos paratletas por meio das competições e do Campeonato Estadual de Paradestramento, especialmente, em conjunto com o Exército Brasileiro.
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Foto: divulgação / arquivo pessoal
Adestramento Brasil 