Cavalos novos: seleção para WBFSH dá preferência a animais competindo no Brasil

Conforme adiantado por Adestramento Brasil, a Confederação Brasileira de Hipismo estruturou um regulamento para selecionar cavalos novos para representar o Brasil no Campeonato Mundial, que acontece em Ermelo em setembro — o Longines FEI/WBFSH World Breeding Dressage Championships for Young Horses. O primeiro passo para isso foi incluir a série nos concursos internacionais (CDIs) nas categorias de 5, 6 e 7 anos nos eventos do primeiro semestre de 2024. Além disso, em caso de empate, serão preferidos animais que tiverem feito a seleção no Brasil.

Para fazer parte da seleção, é obrigatória a participação em, ao menos, dois CDIs de cavalos novos (CDIYHs) entre 01 de fevereiro e 01 de julho de 2024, se apresentando tanto na reprise preliminary dressage da referida idade, quanto na final dressage. Para cada concurso, será feita a média dos dois resultados obtidos, em pontos percentuais e considerando três casas depois da vírgula. Além de dois CDI cavalos novos, o conjunto poderá apresentar-se em mais um internacional e, nesse caso, será descartada a média mais baixa.

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Em qualquer caso, a participação no Mundial de Cavalos Novos está condicionada à obtenção dos requisitos mínimos de elegibilidade (MER, na sigla em inglês). De acordo com a CBH, os conjuntos devem comprovar dois resultados individuais, que podem ocorrer durante o mesmo evento ou em momentos distintos. No caso das categorias de cavalos de 5 e 6 anos, a exigência mínima é de 75%, enquanto para cavalos na categoria de 7 anos, o mínimo requerido é de 70%.

CBH: 7 CDIs são para atletas escolherem e visam a qualificar cavalos novos para Mundial

Ao final do processo seletivo, a CBH formará um ranking de cavalos novos para cada uma das categorias (5, 6 e 7 anos). Ao primeiro colocado de cada categoria será oferecida a vaga à qual o Brasil tem direito. Em caso de desistência, a vaga será oferecida ao próximo colocado. Posições em casos de empates serão definidas pelo Ranking de Adestramento CBH.

A CBH detalhou que cavalos de qualquer parte do mundo montados por brasileiros seguem este mesmo critério, contudo, se após todos os desempates previstos em regulamento seguirem empatados, os cavalos que competiram no Brasil terão a preferência.

A entidade deixou claro que assume a responsabilidade pela inscrição do cavalo no Campeonato Mundial, mas sem fornecer aporte financeiro. A logística de viagem e os custos associados são de responsabilidade de cada proprietário.

Com relação à idade, os cavalos nascidos no Hemisfério Sul competem na categoria na qual se classificaram, desde que o Mundial ocorra após 1º de agosto. A regra da Federação Equestre Internacional estabelece que os cavalos nascidos no Hemisfério Sul entre 1º de agosto e 31 de julho do ano seguinte se enquadram na mesma faixa etária. Se o Campeonato Mundial de Criação ocorrer após 1º de agosto, os cavalos nascidos no Hemisfério Sul competirão na mesma categoria de idade em que se qualificaram.

No Brasil, é tradição nos eventos do segundo semestre permitir que os cavalos continuem competindo na mesma idade, mesmo após a virada do calendário mundial. A CBH destacou que seguirá este costume em 2024, mas enfatizou que tem a intenção de, no futuro, seguir totalmente o calendário previsto no regulamento da FEI.

>>> Confira o documento na íntegra aqui

Palestra gratuita
O juiz francês Jean-Michel Roudier, que estará no Brasil para julgamento do concurso internacional, fará uma palestra sobre julgamento de cavalos novos na Sociedade Hípica Paulista, no próximo sábado (24/02) após o término das competições.

A palestra será gratuita, mas é preciso se inscrever para reservar lugar por meio do e-mail vincenzo.freitas@cbh.org.br. Mais informações aqui.

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