Alemanha e Dinamarca acirram disputa por equipe; João Oliva fecha em 33º

Menos de dois pontos porcentuais separam Alemanha (237,546) da Dinamarca (235,730) na somatória final dos três conjuntos, após o término das provas de grande prêmio. Ainda que na final por equipes todas as equipes comecem do zero, o desempenho nesta quarta-feira (31/07) mostrou que os dinamarqueses vêm empenhados em buscar para si o título. Será que a Alemanha terá de esperar para galgar o 15º ouro por equipe olímpica de adestramento? Com o fim das provas de grande prêmio, ficaram conhecidas as dez equipes e os 18 conjuntos que passam para as finais por equipe e individual. João Victor Marcari Oliva fechou sua participação na França na 33ª posição, depois de cravar 70.093% com Feel Good VO.


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A dona da medalha de ouro em Tóquio 2020+1, Jessica von Bredow-Werndl foi a última a competir no GP. Com semblante que parecia estar tranquila, ela montou Dalera para o maior porcentual alcançado na prova de grande prêmio no Palácio de Versalhes: 82,065%. Assim, fechou as qualificatórias em primeiro, contribuindo para seu país galgar também a primeira colocação entre as equipes.

“Foi uma sensação fantástica dentro da arena e é de tirar o fôlego ver como o público nos carregou para o ringue! Estou feliz, porque tive alguns ‘soluços’ no GP no Campeonato Alemão em Balve, que foi o ensaio para aqui. Mas, às vezes, quando o ensaio é ruim, o desempenho é bom, e foi assim que funcionou!”, comentou von Bredow-Werndl em entrevista à Federação Equestre Internacional em Paris.

A atual campeã olímpica disse que assumiu todo o risco nas extensões e no galope alongado. “Houve duas pequenas coisas que não deram certo, mas isso é bom, porque agora sei que há espaço para melhorias e posso me concentrar nisso”, destacou.

>>> Veja como as equipes fecharam o GP

No entanto, a disputa por equipes promete fortes emoções, já que a dinamarquesa Cathrine Laudrup-Dufour (foto) obteve o segundo mais alto porcentual final com Freestyle: 80,792%. A égua ganhou dois bronzes (equipe e individual) na sela de Charlotte Dujardin nos Jogos Equestres Mundiais da FEI em Tryon, em 2018, mas ficou fora do esporte de ponta por vários anos até mais recentemente, quando Laudrup-Dufour assumiu as rédeas dela no fim de 2023.

“Meu plano hoje era não forçá-la, mas apenas ver o que ela oferecia. Quando fiz a primeira passage, disse a ela: ‘você me dá o que quiser e, então, eu direi o que devemos fazer’. Estou muito orgulhosa dela. Acho que foi um começo perfeito para mim e para ela nos Jogos aqui em Paris!”, falou à FEI a estrela dinamarquesa, que levou ouro por equipe e duas pratas no Campeonato Mundial da FEI em 2022 com Vamos Amigos.

Mas nada será fácil. Isabell Werth e Wendy, sua montaria há pouco tempo, elevaram a soma da Alemanha, já que a rainha do adestramento cravou 79,363%. “Ela estava tão focada e tão comigo que foi incrível!”, ponderou a multicampeã que está competindo em seus sétimos Jogos Olímpicos. “Fizemos apenas seis ou sete GPs, mas é tão incrível como estamos crescendo juntas e como ela é honesta comigo”, completou ela em entrevista à FEI, avaliando ainda que CHIO Aachen (em junho) foi realmente útil, com três competições lá.

Pela Grã-Bretanha, Charlotte Fry foi a primeira a competir nesta quarta-feira (31/07) e levou Glamourdale aos 78,913%. “Ser a primeira a ir no segundo dia nem sempre é a melhor posição, mas acho que com esse clima [foi outro dia muito quente] foi realmente uma vantagem para nós. Glamourdale não sabe disso, ele apenas entra e vê a multidão. Ele se divertiu muito lá! E acho que o momento no final foi muito especial, com ele muito relaxado, em uma rédea longa e aproveitando a torcida e as bandeiras tremulando!”, disse Charlotte Fry à FEI.

Com 231.196, os britânicos terminaram em terceiro, à frente da Holanda, Suécia, Bélgica, França, Áustria, Finlândia e Austrália, completando, assim, os dez times habilitados a disputar as medalhas por equipe, disputada no grande prêmio especial (GPS) no próximo sábado (03/08), a partir das 10 horas de Paris ou 5 horas no horário de Brasília.

Regras — Para a final por equipe, os competidores serão divididos em três grupos de dez conjuntos em cada, sendo um de cada nação em cada grupo. Quem do time compete em qual grupo é decidido pelo Chef d’Equipe que deve apontar quem compete no primeiro, segundo e último grupo. Em cada grupo, os atletas da equipe começarão na ordem inversa dos resultados gerais da equipe do GP da FEI.

Apenas a competição do GP especial conta para a classificação da equipe e sagra-se vencedora a equipe com a maior pontuação total de seus três conjuntos no GPS. A segunda colocada é aquela a segunda maior pontuação total e assim por diante. A pontuação final de cada equipe é calculada somando as porcentagens totais finais no GP especial de cada membro da equipe

No caso de empate, ganha a equipe cujo conjunto com a menor classificação no GPS obtiver o melhor resultado na comparação entre os empatados. Se ainda houver empate, a mesma regra será aplicada ao segundo conjunto com a menor classificação.

Finalistas no individual
Para compor a lista dos 18 conjuntos que competem pelas medalhas de ouro, prata e bronze, qualificaram os dois melhores de cada um dos seis grupos de qualificação (com dez atletas cada) e mais os seis próximos mais bem classificados no geral.

>>> Confira a classificação geral após o GP

Com isso, seguem para o GP freestyle: Jessica Von Bredow-Werndl/Dalera (Alemanha), Cathrine Laudrup-Dufour/Freestyle (Dinamarca), Isabell Werth/Wendy (Alemanha), Charlotte Fry/Glamourdale (Grã-Bretalha), Nanna Skodborg Merrald/Zepter (Dinamarca), Dinja Van Liere/Hermes (Holanda), Carl Hester/Fame (Grã-Bretalha), Daniel Bachmann Andersen/Vayron (Dinamarca), Isabel Freese/Total Hope Old (Noruega), Frederic Wandres/Bluetooth Old (Alemanha), Becky Moody/Jagerbomb (Grã-Bretalha), Emmelie Scholtens/Indian Rock (Holanda), Patrik Kittel/Touchdown (Suécia), Victoria Max-Theurer/Abegglen Fh Nrw (Áustria), Therese Nilshagen/Dante Weltino Old (Suécia), Pauline Basquin/Sertorius De Rima Z (França), Emma Kanerva/Greek Air (Finlândia) e Sandra Sysojeva/Maxima Bella (Polônia).

Depois de ficar em 26º nos Jogos de Tóquio 2020+1, João Victor Marcari Oliva fechou sua participação na França na 33ª posição, depois de cravar 70.093% com Feel Good VO. Observando os porcentuais finais, era preciso pontuar acima dos 73,4% para tentar vaga na final. O medalhista de ouro do Pan, Julio Mendoza Loor também não se classificou, ficando em 27º lugar com seu Jewel’s Goldstrike e 70,839%.

A ordem de largada para a final freestyle é determinada por um sorteio dentro de três grupos de seis conjuntos, com o grupo de atletas classificados de 13º ao 18º lugar no GP começando primeiro e terminando com o grupo de atletas classificados de 1º ao 6º lugar.

Para a definição das medalhas individuais, apenas conta a prova de GP estilo livre com música e vence quem obtiver o mais alto porcentual final dentre todos os competidores. O atleta individual segundo colocado é aquele com a próxima maior porcentagem total e assim por diante. As pontuações percentuais são dadas com números de três (3) casas decimais.

Se dois conjuntos tiverem a mesma pontuação final, as maiores notas artísticas no GPF decidirão o empate. Se ainda persistir, as maiores notas para harmonia decidirão. Se ainda houver empate, as maiores notas para coreografia decidirão. Se ainda houver empate, os atletas compartilharão a classificação.

Foto: FEI/Benjamin Clark

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