Juninho na disputa com Ostrakova da Paixão e Quehermosa do Vouga por vaga no FEI/WBFSH

Ostrakova da Paixão, em sete anos, e Quehermosa do Vouga (foto que abre a matéria), em cinco anos, alcançaram as notas que cumprem os requisitos mínimos de elegibilidade (MER) para o Campeonato Mundial de Cavalos Novos. Ambas as éguas, na sela do cavaleiro do Rancho Cariama Fabio Rogerio Lombardo Júnior, agora, estão aptas a disputar uma vaga na seleção brasileira que determinará os conjuntos a representar o País no FEI/WBFSH.

“Com a Quehermosa tenho um costume maior com ela dentro da pista. Já Ostrakova era uma incógnita, eu não sabia o que poderia acontecer, mas acho que se saiu muito bem. É uma égua muito tranquila, cabeça muito boa e bons andamentos. Tem alguns detalhes que vamos melhorar ainda para estar cada vez melhor”, analisou Juninho ao Adestramento Brasil.


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O Longines FEI/WBFSH World Breeding Dressage Championships for Young Horses 2025 ocorre entre 5 e 10 de agosto em Verden, na Alemanha. Para poder participar, os animais precisam alcançar MER de pontuação total mínima de 75% para 5 e 6 anos e de 70% para sete anos – leia mais abaixo.

Em cinco anos, Quehermosa fez 75,000% na reprise FEI preliminar e 79,400% na reprise FEI final, totalizando, para efeitos de contabilidade do processo seletivo da Confederação Brasileira de Hipismo 154.400 pontos, empatada com Quite Good VO, na sela de Eduardo Alves de Lima. Em sete anos, Ostrakova fez 73,086% no primeiro dia e 71,557% no segundo, totalizando 144.643 pontos.

“A primeira meta é buscar uma vaga no Mundial de Cavalos Novos 5 anos, onde temos o Panadeiro, que, por motivos maiores, não conseguimos trazer ele, e a Quehermosa. A Ostrakova nós trouxemos para avaliar como ela fica fora de casa. Passei a reprise em casa dois dias com a ajuda do meu pai e foi bem, então, decidimos trazer. E conseguimos bater o MER de 70% dos sete anos”, acrescentou.

No ano passado, Quehermosa ganhou o Campeonato Brasileiro de Cavalos Novos quatro anos. Foi Juninho e seu pai, Fabio Lombardo, quem a domou e, desde então, Júnior vem treinando para melhorar o desempenho da égua. “A Quehermosa vem numa evolução muito grande desde o ano passado, quando ela foi a campeã brasileira. Ela competiu em rankings nessa categoria de cinco anos para poder ir se adaptando mais a essa prova”, contou o cavaleiro.

Já Ostrakova é uma montaria mais recente. Está treinando a égua há menos de cinco meses. “Foi a primeira prova que eu fiz com ela. E, mesmo com pouco tempo montando, a gente já vê uma evolução muito grande dela”, disse.

Passado o primeiro internacional do ano, Juninho conta que o próximo passo será avaliar no haras qual será a estratégia. “Agora, a gente vai sentar, conversar e ver se vamos realmente brigar para estar no Mundial de Cavalos Novos. Temos duas chances, né? Tanto com a Ostrakova como a Quehermosa. Vamos ver se a gente consegue talvez levar as duas para o Mundial, uma em cinco e outra em sete anos, o que seria uma coisa muito bacana para o Rancho Cariama”, ponderou.

Isso inclui analisar as possibilidades, planejar a preparação das éguas tanto de treinamento em casa como em provas internacionais para participar.

Fabio Lombardo Júnior e Ostrakova da Paixão | Foto: Jessica Forgach Serwaczak

Seletivas

Pelo segundo ano consecutivo, a Confederação Brasileira de Hipismo definiu um processo seletivo para que cavalos representando o Brasil possam competir no Campeonato Mundial de Cavalos Novos — desde que cumpram os requisitos mínimos de elegibilidade (MER). O Brasil pode ter um cavalo de cada idade disputando o FEI/WBFSH — um número bem abaixo dos oito que a Alemanha pode levar, os seis da Holanda ou os cinco da Espanha.

As cotas são para cavalos criados no país, o que significa que eles devem ter sido registrados ao nascer em um studbook originário do país da NF nomeante. Esses cavalos devem ter um Universal Equine Life Number (UELN) que corresponde ao studbook de origem.

Para a seleção, a CBH estipulou que é obrigatória a participação em, pelo menos, dois internacionais de cavalos novos (CDIYHs) entre 1º de fevereiro até a data que antecede as inscrições nominativas. Nestes CDIYHs, é necessário que o conjunto se apresente tanto no preliminary dressage test da sua idade quanto no final dressage test, ficando, assim, o conjunto obrigado a realizar os dois dias de provas.

As notas finais de ambas as provas, ou seja, dos dois dias de provas, serão transformadas em pontos e somadas. Será a pontuação final que valerá para o processo seletivo. Como exemplo, a CBH detalha: 1º dia – 73,456% + 2º dia – 76,567% = 150,023 pontos. Serão consideradas três casas depois da vírgula para efeito de somatória.

Se, além dos dois CDIYHs obrigatórios, o conjunto se apresentar em mais algum CDIYH, serão computados os dois melhores resultados.

A CBH especificou que, ao fim do processo seletivo, será formado um ranking de cavalos novos para cada uma das idades. Ao primeiro colocado de cada idade será oferecida a vaga a qual o Brasil tem direito. Em caso de desistência, a vaga será oferecida ao próximo colocado. Posições em casos de empates serão definidas pelo Ranking de Adestramento CBH e, persistindo o empate, será utilizado como desempate o resultado do segundo dia da última competição do conjunto.

Fotos: Jessica Forgach Serwaczak – moments.jfs

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