Os sistemas de qualificação para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Los Angeles 2028 foram aprovados pela Assembleia Geral da FEI em 7 de novembro. Os documentos serão publicados tão logo forem aprovados pelo Conselho Executivo do Comitê Olímpico Internacional e pelo IPC. Destaque para a mudança de alocação compulsória de uma vaga na competição individual às nações que conseguirem cota para competir por equipes, mas falharem em entregar o Certificado de Capacidade. Esse tipo de realocação deixa de ser automático. Compilamos as principais mudanças em debate.
As mudanças foram propostas no FEI Sports Forum, realizado em abril, em Lausanne, na Suíça. Os primeiros rascunhos das alterações às regras foram remetidos às federações nacionais para revisar e fazer quaisquer comentários a ele. Adestramento Brasil já havia publicado uma matéria compilando as principais propostas – leia aqui.
A elegibilidade de uma nação que tenha qualificado uma vaga de equipe ou individual seguindo a jornada de qualificação, para receber uma vaga, seja por equipe, seja individual e participar dos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028, está sujeita ao cumprimento de todos os requisitos de elegibilidade estabelecidos no Sistema de Qualificação e no Regulamento Olímpico da FEI.
Os países que obtiverem vaga para competir por equipe, mas falharem em entregar o Certificado de Aptidão/Capacidade do Comitê Olímpico Nacional (NOC Certificate of Capability), não mais lhe será atribuída automaticamente uma vaga no individual.
Os critérios para NOC Certificate of Capability seguem os mesmos: três conjuntos distintos precisam obter os requisitos mínimos de elegibilidade (MER) dentro do prazo para obtenção do Certificado de Aptidão/Capacidade do Comitê Olímpico Nacional (NOC Certificate of Capability), que vai do Campeonato Mundial Aachen 2026 a 31 de dezembro de 2027. Os comitês olímpicos devem enviar seu Certificado de Capacidade do à FEI até 10 de janeiro de 2028.
No entanto, o país continuará elegível para obter uma vaga individual por meio do Ranking Olímpico de Adestramento.
Os Estados Unidos, por serem anfitriões, já têm uma cota assegura e participam desde que entreguem os requisitos mínimos de elegibilidade e o certificado de capacidade, algo que, no passado recente, não figurou como problema àquele país.
Para o Brasil os Jogos Pan-Americanos seguem como principal porta de entrada. Lima 2027 classifica os dois melhores países para LA28, excluindo-se os que já tiverem se classificado por outro meio, tal como o Campeonato Mundial Aachen 26 que indica seis vagas para a competição olímpica por equipe.
A obtenção individual de MER será de 1º janeiro de 2027 a 11 de junho de 2028. Os requisitos seguem os mesmos para Paris 24 de um mínimo de 67% sendo atribuído duas vezes ao conjunto, tanto por um juiz de nível 4 quanto pela média de todos os juízes da competição. A pontuação deve ser obtida em uma prova de grande prêmio em duas competições diferentes (CDI3/CDI4/CDI5/CDI-W/CDIO). Os dois juízes de nível 4 devem ser de nacionalidade diferente da do atleta. As pontuações obtidas nas provas de grande prêmio julgadas por três juízes não contam para o requisito mínimo de elegibilidade.
>>> Confira todas as mudanças aprovadas para o Sistema de Qualificação para LA28
Importante lembrar que, nos últimos dois ciclos olímpicos (Tóquio 2020-1 e Paris 2024), o Brasil conquistou vaga por equipe no adestramento para as olimpíadas, mas não conseguiu apresentar o NOC Certificate of Capability.
Com isso, em vez de mandar equipe para Japão ou França, disputou no individual, em ambos os casos, com João Victor Marcari Oliva. No ano passado, inclusive, o Chile, que ficou fora dos Jogos porque o Brasil ocupou a vaga individual regional, entrou com pedido na FEI para reversão da alocação, que foi negado pela FEI.



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