O ano foi intenso para a Sasa Horses no Brasil. Os conjuntos do haras participaram de provas de rankings de hípicas, concursos nacionais e internacionais, além dos Campeonatos Paulista e Brasileiro, Taça São Paulo e Brasil. “Se tornou um calendário muito pesado. Acabou por ficar um ano muito intenso, então, nós tivemos que fazer um pouco de gestão do que iríamos participar efetivamente”, contou o titular do criatório de lusitanos, Nuno Eusébio, em entrevista em vídeo ao Adestramento Brasil. Além disso, o ano foi marcado pela expansão do braço do haras em Portugal, a Quinta da Torre Portugal.

“O fim de 2024 e esse ano 2025 foram muito intensos que, felizmente, estão demonstrando que estamos no caminho certo. E demonstrando que conseguimos ter uma evolução do cavalo lusitano em termos de expressão para competir com qualquer outra raça. Tivemos, por exemplo, o nono lugar no geral no segundo dia do Campeonato Mundo de Cavalo Novo de 7 anos com o cavalo nosso lusitano nascido em Portugal e montado por um cavaleiro português, o Manuel Raposeiro, foi o Neptuno”, detalhou.

Nuno Eusébio, recém-eleito como presidente da Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Puro Sangue Lusitano (ABPSL) e que preside a Câmara Setorial de Equideocultura, enxerga o PSL em ascensão frente a conjuntos alemães, holandeses e belgas. No Brasil, a raça domina a modalidade de adestramento, mas perdeu lugar na equitação de trabalho — o que ele já tem planos de como reconquistar. Na entrevista, o empresário compartilhou sua visão acerca do futuro lusitano, inclusive, como cavalo para a modalidade salto.

Também mira fortalecer a raça no Sul do Brasil, onde há predominância de animais da raça brasileiro de hipismo. E não apenas o lusitano, mas levar concurso internacional para Porto Alegre com objetivo de atrair conjuntos dos países vizinhos. “É importante nós termos uma expansão regional; é preciso investirmos em marketing e trazer as pessoas.”

Falando sobre os planos da Sasa em um 2026 de seletivas para Campeonato Mundial e Jogos Sul-Americanos, Nuno Eusébio contou que os cavaleiros do haras querem estar no Time Brasil. “Eles todos me falaram que o plano é estar na equipe. Nós hoje temos um conjunto de cavaleiros de muito boa qualidade; para alguns deles, às vezes, falta cavalo. Independentemente de ter ou não ter cavalo, temos uma realidade que uma equipe sólida, de cavaleiros que reiteradamente, ciclo a ciclo, estão sempre ali presentes.”

Outro projeto que Nuno Eusébio pretende fomentar é o de estabelecer a figura que é muito forte na Europa de investidores. “A realidade de hoje, junto aos grandes cavaleiros, é ter um polo de investidores ou fundos com sócios apostando em cavalos específicos para cavaleiros específicos. Isso é uma coisa que falta. Os cavaleiros hoje profissionais estão muito focados como treinadores de amadores”, apontou.

Assista à entrevista na íntegra: