Dono de duas medalhas de bronze por equipes em Jogos Pan-Americanos, João Victor Marcari Oliva vai para sua terceira participação com a meta de sair do Chile com alguma medalha no peito. O cavaleiro montará Feel Good VO, garanhão westfalian adquirido por seu pai quando o cavalo tinha um ano de idade. Foi ele quem montou o animal praticamente durante toda a vida, exceto por uma temporada quando ficou a cargo do Nuno Chaves de Almeida quando ele passou a competir pelo Brasil e disputou o Campeonato Mundial de Herning.
“Fui eu quem domei e ensinei o Feel Good, então, conheço ele muito bem; é um cavalo que vem evoluindo e que sempre dentro de pista vem dando o seu melhor, o que dá para ver pelos resultados. Espero que no Pan ele faça o que vem treinando”, contou João, falando desde o aeroporto minutos antes de embarcar para o Chile. “Acho que o nosso conjunto é muito forte pelo conhecimento de longa data. Tem tudo para correr bem”, completou.
A expectativa dele é que cada um faça o seu melhor rendimento para que a nota da equipe seja a mais alta possível e também classifique conjuntos para o freestyle. “No kür, que é individual, que cada um faça o seu melhor para a gente ter também o melhor rendimento possível. Vou torcer muito para os outros brasileiros e vou dar o meu melhor para que a gente brigue pelas medalhas”, apontou, acrescentando a importância do Pan como qualificatória olímpica.
Nas semanas que antecederam o Pan, João Oliva treinou com o técnico Norbert Van Laak. Levou os dois cavalos — Feel Good e Escorial Campline — para o centro de treinamento, mas pegou mais leve com o Feel Good, já que ele estava, primeiramente, escalado para ser reserva. “Ele não era o cavalo que ia representar o Brasil, então, não tinha por que eu ficar tão preocupado com o rendimento dele, mas depois que a decisão de levar ele foi feita, comecei a trabalhar bastante focado nos detalhes e no condicionamento físico. Na última semana, focamos bastante nele, que correspondeu e estamos muito contentes com o desempenho. Agora, é ver dentro do Pan. Ele nunca viajou de avião e nem para tão longe; é tudo muito novo para ele”, detalhou.
Com relação à substituição — já que no primeiro anúncio o cavaleiro foi escalado com Escorial —, João disse que o Escorial não estava na forma ideal para ir para o Pan. “Para pouparmos ele para a olimpíada do ano que vem e não arriscar lesionar o cavalo, a gente retirou ele. Como eu tinha outra opção, foi uma decisão interna da equipe. Queremos protegê-lo para o ano que vem”, disse. (continua após o anúncio)

Filosofia em provas fortes
Veterano em disputas pan-americanas e olímpicas, João Oliva afirmou não estar nervoso. “Estou ansioso para competir logo e mostrar o que vemos treinando. O nervosismo vem quando não estamos preparados; e eu estou. Também venho acompanhando os treinos do Renderson [Oliveira, que compete com Fogoso Campline] que vem muito preparado também. Estamos esperando a hora da competição chegar para mostrarmos o nosso melhor”, contou.
No Pan de Lima em 2019, Oliva montou o Biso das Lezírias e fechou sua participação em 12º lugar com 70,665% no freestyle, além da medalha de bronze por equipes. Foi o segundo bronze dele por equipe, já que havia conquistado medalha em Toronto 2015, quando se apresentou com Xamã dos Pinhais e ficou na sétima colocação, ao fechar com 73,375% no kür.
“Trabalhar, a gente trabalha em casa. No Pan, o cavalo tem de estar disponível e da maneira certa que cada um acha que o cavalo tem de entrar. Então, se você acha que o teu cavalo tem de estar descansado, como é meu caso, ele tem de estar disponível e com energia para mostrar uma prova mais brilhante. Eu, agora, vou trabalhar mais o corpo dele, relaxar, para ele entrar em pista da melhor maneira possível. Já o Escorial tem muita energia, então, eu costumo querer deixar ele mais relaxado, tranquilo e mais cansado para entrar. Mas o Feel Good e o Fogoso são cavalos que têm de entrar disponíveis. Esta será a nossa preparação, focar no antes para ele chegar lá disponível e fresco”, detalhou.
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Foto: Rui Pedro Godinho
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