Nuno Almeida vence GP do CDI 3* de Alter do Chão e mira Mundial de Aachen

ATUALIZADA – Nuno Chaves de Almeida montando Lizarran venceu a prova de grande prêmio com 67,413% no CDI 3* de Alter do Chão no último fim de semana (20 a 23/3) e ficou em segundo no GP especial somando 68,957%. Em entrevista ao Adestramento Brasil, o cavaleiro contou que foi o primeiro big tour em CDI com o lusitano e que mira o Campeonato Mundial de Adestramento em Aachen 2026. “Este é o objetivo: no próximo ano, ir ao Campeonato do Mundo e pretendo integrar a equipa do Brasil”, destacou. Para isso, vai entrar, em 2025, em mais um ou dois CDIs em Portugal como parte da preparação.


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Por não contar com dois juízes FEI L4/5*, o CDI não valeu para obtenção de índices para formar os requisitos mínimos de elegibilidade (MERs) para o Campeonato Mundial de Aachen. Segundo a regra divulgada pela FEI, para se qualificar para participar do Campeonato Mundial de Adestramento 2026, atletas e cavalos devem ter alcançado (como uma combinação) resultado de pelo menos 66% atribuído pelo júri de campo (nota final) como também por dois juízes internacionais distintos e de nível 4 (FEI L4/5*) de nacionalidades diferentes da do cavaleiro, em provas de grande prêmio em dois eventos distintos (CDI3/CDI4/CDI5/CDI-W ou CDIO3/CDIO4/CDIO5), de 1º de janeiro de 2025 até a data das inscrições nomeadas.

Parceria em evolução

O lusitano de 10 anos filho de Zaire em Vexa (Xaquiro) Lizarran é companheiro de Almeida em concursos internacionais desde 2022, quando disputaram provas de cavalos novos sete anos, inclusive, o Campeonato Mundial de Cavalos Novos. Em Ermelo 2022, pontuaram 69,382% na primeira competição e 70,249%, na segunda, fechando o campeonato em 16º lugar.

“Já tinha feito o Campeonato do Mundo de Cavalos Novos de 7 anos com ele e venho tentando evoluir bem. Comecei, no fim do ano passado, a fazer provas nacionais aqui em Portugal; fiz dois grandes prêmios nacionais com ele e, agora, em Alter, foi o primeiro grande prêmio internacional. O que eu posso destacar nele é um cavalo com muita energia, que gosta de estar em pista, é um cavalo muito expressivo, com um trote muito bonito, um galope com muita qualidade”, contou.

Falando sobre o CDI 3* de Alter do Chão, Almeida disse que gostou das apresentações por ser o primeiro CDI. “Achei que foi bastante positiva a nota que eu tive para o primeiro CDI 3* com ele. Fiquei muito contente. O ponto alto para mim nas provas é o galope dele, a passage, as piruetas, os laterais também são muito bonitos a trote. A passage está até expressiva, tem muito joelho, é uma passage bonita. Ainda precisamos trabalhar em alguns pormenores”, analisou.

Nuno Almeida representa o Brasil desde as seletivas para o Campeonato Mundial de Herning 2022, quando a ideia era que fosse o terceiro conjunto na formação da equipe brasileira. Com a impossibilidade de Famous do Vouga competir, por motivos de saúde, embarcaram para a Dinamarca Nuno Almeida com Feel Good VO e João Victor Marcari Oliva com Escorial.

O cavaleiro é filho de portugueses e nasceu em Niterói, no Rio de Janeiro. Morou apenas até seus quatro anos no Brasil e depois mudou-se para Portugal. Seus avós paternos e maternos emigraram para o Brasil na época da guerra colonial portuguesa. Seus pais já eram nascidos, estudaram no Brasil e se conheceram aqui.

Seletivas para Aachen 2026
A Confederação Brasileira de Hipismo divulgou, em fevereiro, como serão as seletivas para escolher conjuntos e equipe para representar o Brasil no Campeonato Mundial de Adestramento de 2026.

Como premissa, a CBH estipulou que todos os conjuntos que obtiverem os requisitos mínimos de elegibilidade (MER, na sigla em inglês) poderão participar do processo seletivo. Como já divulgado por Adestramento Brasil, para o Mundial, o MER será de 66%, portanto, abaixo dos 67% exigidos para os Jogos Olímpicos de Paris 2024.

A CBH estipulou que observará apenas resultados obtidos em competições internacionais de níveis três estrelas ou mais (CDIs 3* ou superior) e desde que o conjunto participe de todas as provas do CDI em questão. No entanto, apenas o resultado da prova de grande prêmio contará para o processo seletivo.

Serão selecionados os conjuntos que obtiverem os maiores porcentuais — resultados isolados por CDI — no período 1º de janeiro de 2025 até a data anterior às nominativas 2026. Ou seja, é obrigatório participar de todas as provas do evento CDI 3* ou superior, mas a nota final do GP que valerá. Leia matéria completa aqui.

ATUALIZAÇÃO – matéria atualizada para explicar por que o conjunto não obteve MER

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