Murilo Machado vem trabalhando o lusitano Jorge VO desde o Campeonato Brasileiro, quando se sagrou vice-campeão, para evoluir nas provas de big tour. A meta dele é buscar vaga na equipe brasileira, seja para os Jogos Sul-Americanos de Santa Fé 2026, o Campeonato Mundial de Adestramento de Aachen 2026 ou os Jogos Pan-Americanos de Lima 2027. No CDI 3* do CHSA, no último fim de semana, a dupla superou a marca dos 66%, fechando o grande prêmio com pontuação final de 66,848% e 67,609% com o juiz FEI L4/5* Carlos Lopes; e 66,936% na nota final do GP especial. No entanto, por não ter dois juízes FEI L4/5 no júri de campo, esse CDI 3* não contou para obtenção de índices para formar os requisitos mínimos de elegibilidade (MERs) para Aachen 26.
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Para se qualificar para participar do Campeonato Mundial de Adestramento 2026, atletas e cavalos devem ter alcançado (como uma combinação) resultado de pelo menos 66% atribuído pelo júri de campo (nota final) como também por dois juízes internacionais distintos e de nível 4 (FEI L4/5*) de nacionalidades diferentes da do cavaleiro, em provas de grande prêmio em dois eventos distintos (CDI3/CDI4/CDI5/CDI-W ou CDIO3/CDIO4/CDIO5), de 1º de janeiro de 2025 até a data das inscrições nomeadas.
Murilo e Jorge usaram esse internacional para testar a nova linha de treino. E deu certo. “Desde o Brasileiro, eu venho fazendo um treino muito específico com o Jorge, porque, como o cavalo já está lapidado, agora, é a gente melhorar a qualidade dos detalhes, das transições, coisas específicas que perdem ponto na prova”, disse Machado ao Adestramento Brasil.
Planilha Adestramento Brasil de acompanhamento das seletivas para Aachen 26
O cavaleiro da Coudelaria Ilha Verde está agora sob treinamento do Severo Jurado López. “Já fiz uma clínica com ele e, daqui a duas semanas, ele vem de novo para dar outra clínica. Ele vai passar a ser o nosso treinador, vindo algumas vezes no ano. Então, ele lapidou muita coisa, principalmente, nos trabalhos que eu tinha dificuldade. Estou focando muito nos detalhes da prova e em montar de uma forma que mostre que está fácil”, acrescentou Machado.
Falando sobre as provas do CDI 3* no CHSA, no GP e grande prêmio especial, Murilo Machado analisou que o Jorge estava indo muito bem nos treinos, porém, no fim de semana, não se apresentou da mesma maneira. Aquela máxima de sempre: treino é treino; prova é prova.
“Ele não estava tão legal quanto eu gostaria, mas, como ele vem de treinos muito bons, mesmo ele não estando tão disposto, ele fez provas limpas. Não é à toa que conseguiu uma nota boa, então, é o fato de que o treinamento dele está dando certo. Fiquei muito contente com relação a isso, porque eu foquei exatamente nisso. Como ele não estava tão bem, eu foquei em tentar não mostrar tanta dificuldade e montar bonito, que foi justamente a observação. Um dos juízes comentou exatamente sobre isso, que, embora o cavalo tivesse alguma dificuldade ali, ele gostou muito da técnica que eu usei para poder conduzir na melhor forma possível, principalmente na passage e no piaffer”, contou.
Daqui para frente — e sabendo que 2025 é um ano de ajustes —, o conjunto se empenhará nos treinos. “Com o Severo vindo nos treinar, tenho uma expectativa muito grande de conseguir melhorar as notas e ter uma margem boa para focar em conseguir MER para o Mundial e os Jogos”, disse o cavaleiro que tem no horizonte estar novamente no Time Brasil.
A dupla já vestiu o fraque verde-oliva quando disputou em Assunção os Jogos Sul-Americanos de 2022. Foi medalha de ouro por equipe, o que levou o Brasil a ter vaga no Pan de Santiago 2023, e, individualmente, ficou em sétimo lugar no geral.
Foto: cedida por Murilo Machado / Crédito: Jessica Forgach Serwaczak – moments.jfs


