Com 51 conjuntos na disputa, o Campeonato Gaúcho de Adestramento (CGA) marcou a primeira e que deve ser a última competição oficial do Estado do Rio Grande do Sul. Durante a pandemia, os concursos ficaram paralisados devido às restrições sendo apenas realizadas provas-treinos ou interclubes. Para Petra Garbade, diretora de adestramento da Federação Gaúcha dos Esportes Equestres, a pandemia não afetou o nível técnico dos conjuntos e, segundo ela, houve melhora em algumas séries em comparação com o desempenho do ano passado.
“O número de pessoas foi grande, temos bastante gente indo ao Gaúcho, o que é muito bom. O nível das reprises foi talvez um pouco melhor, principalmente, na elementar, que teve um up bastante bom. A preliminar se manteve e, na média, o pessoal melhorou”, analisou Garbade. Segundo ela, o número relativamente alto de inscritos deve-se às categorias de escola.
A categoria escola (básico 65 e 85) é, segundo Garbade, um importante pilar para o desenvolvimento do hipismo no RS. São duas categorias, uma de quem salta até 0,65 m e na prova de dressage executa reprise com apenas passo e trote e outra voltada a quem salta 0,85 ou 0,90 m. Nesta última, os conjuntos executam a reprise elementar, mas competem separadamente de categorias como amador ou minimirim. Ademais da diferença de reprises, os valores nas taxas de federação também são distintos. “Normalmente, fazemos isto, porque temos o ranking combinado (salto e adestramento). Há muito tempo que já fazemos e vem dando resultado. Neste ano, não aconteceu o ranking, mas mantive as categorias no campeonato”, explicou Garbade.
01 e 02 de novembro
Campeonato Gaúcho de Adestramento — SHPA (RS) => Comunicado | Programa | Ordens de entrada | Resultados
Para Clara Machado, uma das juízas do campeonato, diretora de adestramento da SHPA e diretora do evento, as categorias de escola foram destaque neste CGA, com um número muito bom de participantes. “Isso demonstra a renovação do esporte e que as novas gerações terão um papel importante no futuro da modalidade”, afirmou. “Uma das razões para o número de participantes é a grande mobilização que está ocorrendo não só na SHPA, mas também nas demais entidades no sentido de estimular a prática do adestramento. Está havendo uma conscientização em relação à importância da modalidade como base para todas as outras modalidades”, completou Machado.
Um dia antes do CGA, ocorreu a etapa do Rio Grande do Sul do Desafio Brasil, mas apenas quatro conjuntos participaram da disputa. O Desafio Brasil ocorreu junto com o Campeonato Gaúcho devido à divergência de regras, tais como a categoria escola no CGA, a que executa a reprise pônei podendo competir cavalos grandes e a ausência da iniciante, além da não obrigatoriedade do ID CBH para competir no estadual.
O Gaúcho foi a primeira oficial e Garbade disse acreditar que será a única com chancela da federação. Em paralelo, provas interclubes não exigem que os conjuntos estejam federados.
Os juízes do CGA foram Clara Machado, Marcio Costa, do Rio de Janeiro, e Ricardo Leão. Petra Gardabe julgou apenas as provas em estilo livre, kur. “O nível técnico das provas de forma geral em todas as categorias foi muito bom, os participantes demonstraram uma evolução em relação ao ano anterior muito significativo”, avaliou Clara Machado.