A Federação Equestre Internacional (FEI) confirmou ao Adestramento Brasil que manterá as alocações comunicadas formalmente pela FEI em 19 de fevereiro de 2024 e, portanto, recusou o pedido do Chile para reaver uma vaga de cota individual para o país. O Comitê Olímpico Chileno (COCH) e a Federação Equestre Chilena (Fedech) emitiram um comunicado, na semana passando, afirmando que estavam reivindicando a cota individual para disputar o adestramento nos Jogos Olímpicos de Paris.
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A FEI explicou que a vaga de cota individual conquistada é apenas “provisória” até que o processo de alocação de cotas de equipe seja concluído. Isto porque a retirada de uma vaga de cota por equipe tem impacto direto na forma como as vagas de cota individual são alocadas e para quem.
Confira o posicionamento da FEI enviado ao Adestramento Brasil:
“A FEI compreende perfeitamente que a Federação Nacional Chilena está desapontada por não ter recebido uma vaga individual de adestramento para Paris 2024.
No entanto, a FEI confirma que o processo pelo qual as vagas da cota individual para Paris 2024 foram atribuídas foi correto e de acordo com as Regras e Regulamentos da FEI, em particular os seguintes documentos: Sistema de Qualificação – Jogos da XXXIII Olimpíada – Paris 2024 e FEI Regulamentos para Eventos Equestres nos Jogos Olímpicos.
Conforme claramente observado nestes documentos e nas comunicações relacionadas da FEI, a alocação de vagas de cotas individuais não pode ser finalizada e uma vaga de cota individual é, portanto, apenas “provisória”, até que o processo de alocação de cotas de equipe seja concluído. Isto para levar em conta o fato de que a retirada de uma vaga de cota por equipe, como aconteceu com o adestramento onde a vaga de cota por equipe do Brasil foi retirada, tem impacto direto na forma como as vagas de cota individual são alocadas (e para quem); um Comitê Olímpico Nacional cuja vaga de cota de equipe for retirada terá direito a uma vaga de cota individual do(s) Grupo(s) Olímpico(s) relevante(s) da FEI.
Pelas razões acima, a FEI confirma as alocações conforme comunicadas formalmente pela FEI em 19 de fevereiro de 2024 e, portanto, a FEI recusou o pedido da Federação Nacional Chilena para alocar uma vaga de cota individual para o Chile.”
Entenda o caso
O Chile conquistou a vaga no Pan-Americano 2023 de Santiago, mas acabou ficando de fora, já que o bloco que reúne os Grupos D (América do Norte) e E (Américas Central e do Sul) tem quatro cotas individuais no total e foi necessário acomodar o Brasil, após o País perder a vaga por equipe. Com isso, o Chile ficou de fora e, a nação solicitou à Federação Equestre Internacional (FEI) que revisasse a decisão.
Em nota (leia aqui na íntegra), o Chile afirmou que obteve a cota legitimamente, por classificação direta nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023, e diz que a decisão da FEI “não é consistente com as regras e regulamentos do fair play e com os princípios do movimento olímpico”.
O Chile pediu à FEI que reconsidere a sua decisão, justificando “que existem muitos argumentos e precedentes que respaldam a posição do Chile para restabelecer a cota individual do Chile”. E destacou que, se necessário, recorrerá a todas as organizações internacionais necessárias para reverter esta decisão, “que é claramente injusta e incorreta”, diz a nota.
A Federação Equestre Internacional divulgou, em fevereiro, quais são os 15 países que levarão concorrentes para disputar os títulos individuais nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 (15 conjuntos) e confirmou as 15 cotas por equipes (45 conjuntos).
Com o processo de realocação das vagas por equipe não utilizadas ou perdidas — caso do Brasil, que não apresentou o certificado de capacidade — houve mudança nos países que tinham vaga individual e perderam. No bloco que reúne os Grupos D (América do Norte) e E (Américas Central e do Sul), o Brasil pegou a cota do Chile, que ficou de fora da olimpíada.
Os grupos D/E têm quatro cotas individuais no total. Antes da realocação, elas estavam preenchidas por República Dominicana e Venezuela, pelo Ranking Olímpico; e Equador e Chile, pelas posições no último Pan-Americano, quando o equatoriano Julio Mendoza Loor foi medalha de ouro com Jewel’s Goldstrike e Svenja Grimm ficou em oitavo com Doctor Rossi pelo Chile.



4 respostas para ‘FEI recusa pedido do Chile para alocar uma vaga de cota individual’