Mais maduro e experiente, João Oliva chega à 3ª Olimpíada com expectativa de se superar

Convocado oficialmente para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris, João Victor Marcari Oliva, de 28 anos, chega à França mais maduro e experiente em relação aos Jogos do Rio 2026, quando estreou em uma olimpíada aos 20 anos. Ele montará Feel Good VO, warmblood que treinou desde pequeno e com quem conquistou as inéditas medalhas de prata no Pan-Americano de Santiago, o que para o cavaleiro brasileiro radicado na Europa tem um valor ainda mais especial.


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“A trajetória com ele é muito satisfatória; é um cavalo que comecei desde pequeno e evolui junto. Isso quer dizer que nosso trabalho de nove anos atrás, hoje, deu certo, colhemos os frutos. O sonho de todo cavaleiro é produzir um cavalo, ensinar um cavalo; é mesma coisa que criar um filho e ver que deu certo a criação”, contou ao Adestramento Brasil, desde Aachen, na Alemanha, onde disputou prova de grande prêmio no CDI 4*.

No CHIO de Aachen, João Oliva e Feel Good ficaram em décimo, entre 22 competidores, após obterem 70,826% na prova de grande prêmio, nesta quarta (3/7) — e, assim, se classificaram para a disputa do GP estilo livre com música. “Fomos bem”, ele disse. Charlotte Fry venceu com Glamourdale (80,978%) e Isabell Werth foi segunda colocada com DSP Quantaz e 75,543%.

Quando entrar em Versalhes, João Oliva estará em sua terceira olimpíada. Em Tóquio, ele foi o primeiro a competir e fez o histórico resultado de 70,419%, ao competir com o lusitano Escorial Horse Campline na prova de grande prêmio. Assim, superou a sua própria marca em Jogos, já que o porcentual mais alto do Brasil em dressage era do próprio Oliva em Rio 2016, quando cravou 68,071% com Xamã dos Pinhais e ficou na 46ª colocação no geral. Encerrou sua participação no Japão na 26ª colocação e, por pouco, ele não bateu o recorde brasileiro: o melhor resultado do País em adestramento ainda é de Sylvio Marcondes de Rezende que ficou em 25º lugar com Othelo nos Jogos de Munique, na Alemanha, em 1972.

“Com o decorrer dos anos, a gente vai ganhando experiência, aprimorando muitas coisas, conhecendo novos cavalos e claro que vamos evoluindo. Então, é claro que o João que competiu no Rio era mais inexperiente, mais jovem, estava ali em busca de estrear. Agora é mais profissional. Acredito que João do Rio 16 seja diferente do João de agora”, avaliou. “A experiência traz calma, traz mais acertos nas decisões. Acho que o cara, quando é mais velho, tem escolhas mais sábias, porque já passou por isso — esta é a diferença”, completou.

Somado à maturidade e a experiência de uma vida montando, João Oliva conta também com um cavalo que conhece muito bem e cujo conjunto brilhou em Santiago. “Quando você vem fazendo bons resultados com um cavalo, mostra que você está bem preparado para representar o Brasil. O cavalo está bem, acredito que a evolução dos resultados vem da evolução do conjunto e o cavalo vem se portando muito bem e evoluindo”, afirmou.

Chegando perto da Olimpíada, o foco está no treinamento com o alemão Norbert Van Laak, técnico pessoal dele e também da equipe sênior de adestramento da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH). “É focar no treino, ver o que o Norbert tem a dizer e fazer as mudanças necessárias para o melhor rendimento. Ainda tenho competição em Aachen e depois treino intensivo até os Jogos”, disse o cavaleiro que — a depender do cansaço — dá uma corrida no fim de tarde para manter a forma física em dia!

A expectativa é sempre bater os recordes. “Com o Escorial em Tóquio fiz uma apresentação linda, um bom resultado. A expectativa é sempre fazer mais do que fizemos da última vez, mas… sabe, né… dá para ir melhor como dá para ir pior, então, é focar para ver se consegue fazer bonito e torcer para que os juízes gostem. Espero não ser o primeiro novamente, mas a expectativa é sempre fazer o melhor”, ponderou.

Questionado sobre as diferenças entre o garanhão Escorial e castrado Feel Good, ele contou que eles são muito diferentes em tudo, do aspecto físico ao carácter. “O Escorial é mais genioso, atento, mas, ao mesmo tempo, com coração enorme e muita vontade. Feel Good é um cavalo maior, tem mais força, um warmblood. Conheço ele muito bem e ele é mais meigo.”

Renderson Oliveira foi convocado como reserva (stand-by). Apesar de ele não ter feito o processo de seleção, por estar lesionado (agora já voltou à ativa), Oliveira e Fogoso Campline são os únicos, além de Oliva, a terem obtido MER e assim estarem aptos a competir em Paris. É importante que todos os países apontem possíveis substituições para, caso algo ocorra com o titular, o reserva poder competir.

As competições equestres vão de 26 de julho a 6 de agosto. Já sabe como assistir? Está por dentro de quem representa o Brasil? Acompanhe todas as informações compiladas por Adestramento Brasil nesta matéria

>>> Hub da FEI sobre Paris 2024

Foto: Santiago-23 | CBH Luis Ruas

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