
Único representante do Brasil no adestramento nos Jogos Olímpicos de Tóquio, João Victor Oliva alcançou a nota mais alta do País, superando os 70%, ao competir com o lusitano Escorial Horse Campline na prova de grande prêmio. O conjunto foi o primeiro a entrar em pista neste sábado, 17 h no horário de Tóquio (5 h de Brasília). Ao Adestramento Brasil, Oliva disse que ficou muito feliz com o resultado e com a apresentação. O porcentual mais alto do Brasil em dressage era do próprio Oliva na Rio 2016, quando cravou 68,071% com Xamã dos Pinhais e ficou na 46ª colocação no geral. Oliva subiu 20 posições no ranking, terminando a participação no Japão na 26ª colocação. Por pouco, ele não bate o recorde brasileiro: o melhor resultado do País em adestramento ainda é de Sylvio Marcondes de Rezende que ficou em 25º lugar com Othelo nos Jogos de Munique, na Alemanha, em 1972.
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“O cavalo se portou muito bem; sempre a favor e sempre disponível”, contou João Victor. “Foi uma boa apresentação. Estamos contentes com o resultado e agora é só comemorar mesmo, porque cumprimos o objetivo”, completou.
João Victor Oliva e Escorial finalizaram o primeiro dia de provas no Japão na 13ª posição com porcentual final de 70,419%. Por juízes, a divisão ficou a seguinte: 72,065% em K com Susan Hoevenaars; 68,261% em E com Katrina Wust; 70,652% em H com Janet Foy; 70,109% em C com Francis Vwebeek; 71,739% em M com Andrew Gardner; 68,370% em B com Hans-Christian Matthiesen; e 71,739% em F com Magnus Ringmark.
As provas de grande prêmio ocorrem sábado e domingo e valem como classificação para as finais po equipe, a serem disputadas por oito países no GP especial, e individual. A medalha individual é disputada por 18 conjuntos (dois mais bem-classificados de cada grupo e mais seis melhores colocados, além destes, no geral) no GP estilo livre.
Proprietário do Escorial, Thiago Mantovani, da Horse Campline, disse a este noticiário que as metas foram atingidas. “Minha perspectiva para essa Olimpíada era o Escorial com João atingir acima de 70% e cumpriu; e o Fogoso, que já está há muito mais tempo com o Rodrigo, era ultrapassar a melhor marca o Rodrigo fez a melhor prova da vida dele”, contou. “João fez uma prova excelente e abriu os Jogos Olímpicos com uma grande nota. Esse binómio ainda tem muita margem de evolução; já estamos focados no Mundial próximo ano!”, adiantou. Em 2022, ocorrem o Campeonato Mundial.
Para a Horse Campline, o próximo objetivo é disputar o Mundial de Cavalos Novos para apresentar os novos garanhões. Também está nos planos começar imediatamente o processo para os Jogos Olímpicos de Paris 2024 para o resto da equipe que não participou de Tóquio. “Estamos vendo o cavalo lusitano se valorizar no meio dos gigantes e, na verdade, nós vamos trabalhar muito para igualar, porque a prova do João foi a mesmo que muitos warmbloods pontuaram acima de 73%. Por hoje, estou satisfeito, mas com fome de chegar no próximo nível e brigar por medalhas”, finalizou.

Foto: Luis Ruas / divulgação CBH
4 respostas para ‘João Victor Oliva, após 70,419% com Escorial em Tóquio: “Cumprimos o objetivo”’