João Victor Marcari Oliva estreou com vitórias o Mantovani’s Orion de La Gesse na série cavalos novos sete anos no concurso internacional Real Escuela 2025, em Jerez de la Frontera (Xerez da Fronteira), na Espanha. Oliva foi quem domou o lusitano registrado no studbook português e com quem disputou o Campeonato Mundial de Cavalos Novos de 2024 em Ermelo na série cavalos novos seis anos. Agora, a meta é competir em CN 7 anos no FEI/WBFSH em Verden, na Alemanha.
“O cavalo ganhou as duas provas. A cavalos novos sete anos é uma prova já muito próxima à São Jorge. Tinham concorrentes fortes, mas o cavalo se comportou muito bem. É uma prova onde o aquecimento era muito diferente da competição, então, é uma prova que a gente também acaba ganhando muita experiência”, disse o cavaleiro ao Adestramento Brasil.
No primeiro dia de competição, domingo (9/3), o conjunto totalizou 74,018%, executando a preliminary dressage test da Federação Equestre Internacional. Doze animais participaram da prova julgada pelos juízes FEI Leif Toernblad, da Dinamarca, e Peter Holler, da Alemanha. No dia seguinte (10/3), o Oliva e Orion voltaram às pistas e ganharam ao pontuar 75,386% na final dressage test. Onze conjuntos disputaram a final e, além de Toernblad e Holler, Alban Tissot se juntou ao júri de campo.
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As vitórias são ainda mais gratificantes, porque foi Oliva quem domou o garanhão. “Ele foi comprado com dois anos e o cavalo está agora com 7 anos. Percorreu a vida toda, desde o desbaste até agora, comigo. Então, eu fico muito feliz com a evolução dele e acho que é só o início”, comentou.
O foco, claro, é disputar o Campeonato Mundial de Cavalos Novos, o Longines FEI/WBFSH World Breeding Dressage Championships for Young Horses 2025, que ocorre entre 5 e 10 de agosto em Verden, na Alemanha. Para poder participar, os animais precisam alcançar MER de pontuação total mínima de 75% para 5 e 6 anos e de 70% para sete anos, uma marca alcançada por Oliva e Orion.
“Foi uma prova para a gente voltar para casa e ver o que tem de melhorar, ver o que a gente consegue melhorar até o nosso grande objetivo deste ano, que vai ser outra vez o Mundial de Cavalos Novos”, acrescentou ao site.
Ao falar sobre o desempenho do conjunto à CBH, Oliva destacou que Orion é um cavalo no qual ele deposita muita esperança. Disse ainda que o garanhão tem uma facilidade de aprendizado grande, ainda que tenha muito que melhorar. Foi a primeira prova do ano; e João Oliva saiu satisfeito com o resultado.
Competindo por Portugal — Como Orion de La Gesse está registrado no studbook português, em uma eventual competição no FEI/WBFSH, o conjunto tem de representar Portugal. O lusitano nasceu no Haras de La Gesse, em Boulogne sur Gesse, na França, e é propriedade de Thiago Mantovani, da Mantovani´s Horses, de Portugal.
Em 2024, Oliva e Orion competiram no FEI/WBFSH em seis anos. O conjunto ficou em 34º no primeiro dia com 75,400% e em 26º no segundo dia com 70,800% na série cavalos novos seis anos. Pelas regras, os 12 melhores no primeiro dia (FEI Preliminary Test) classificaram-se diretamente para a final e o restante pôde competir na chamada small final, na qual os conjuntos também executavam o teste preliminar e apenas os três mais bem pontuados na “repescagem” passavam para a final, disputada por 15 conjuntos.
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Seletivas brasileiras — Pelo segundo ano consecutivo, a Confederação Brasileira de Hipismo definiu um processo seletivo para que cavalos representando o Brasil possam competir no Campeonato Mundial de Cavalos Novos. O Brasil pode ter um cavalo de cada idade disputando o FEI/WBFSH. As cotas são para cavalos criados no país, o que significa que eles devem ter sido registrados ao nascer em um studbook originário do país da NF nomeante. Esses cavalos devem ter um Universal Equine Life Number (UELN) que corresponde ao studbook de origem.
Para a seleção, a CBH estipulou que é obrigatória a participação em, pelo menos, dois internacionais de cavalos novos (CDIYHs) entre 1º de fevereiro até a data que antecede as inscrições nominativas. Nestes CDIYHs, é necessário que o conjunto se apresente tanto na reprise preliminar (preliminary dressage test) da sua idade quanto na reprise final (final dressage test,) ficando, assim, o conjunto obrigado a realizar os dois dias de provas.
As notas finais de ambas as provas, ou seja, dos dois dias de provas, serão transformadas em pontos e somadas. Será a pontuação final que valerá para o processo seletivo. Se, além dos dois CDIYHs obrigatórios, o conjunto se apresentar em mais algum CDIYH, serão computados os dois melhores resultados.
>>> Confira a matéria sobre como será a seleção aqui
Júri de campo — Para o Mundial de Cavalos Novos foram apontados três diferentes presidentes do júri para as distintas categorias. Em cinco anos, será Patricia Wolters, da Holanda; em seis anos, Kurt Christensen, da Dinamarca e, em sete anos, Henning Lehrmann, da Alemanha.
O painel de juízes comentaristas (commentating judge) está composto por Sven Rothenberger (Holanda), Knut Danzberg (Alemanha) e Maria Colliander (Finlândia). Os membros do júri são Lars Andersson (Suécia), Carlos Lopes (Portugal), Juan Carlos Campos Escribano (Espanha), Agnieszka Majewska (Polônia), Thomas Lang (Áustria), Clive Halsall (Grã-Bretanha) e Susie Hoevenaars (Austrália).
Freddy Leyman, da Bélgica, atua como delegado técnico estrangeiro e Jacques Van Daele, também da Bélgica, será o comissário-chefe da competição. Leia matéria completa de Adestramento Brasil aqui.
Documentos:
- Processo seletivo CBH
- Regulamento FEI – Longines FEI/WBFSH World Breeding Dressage Championships for Young Horses 2025
Cobertura Adestramento Brasil do FEI/WBFSH – 2024
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Imagem: montagem com fotos de Felipe Druda



2 respostas para ‘João Oliva estreia com vitória Mantovani’s Orion de La Gesse em 7 anos no CDI Real Escuela 2025’