Nesta sexta-feira (4/7), doze conjuntos competiram no primeiro dia de provas do concurso internacional na Sociedade Hípica Paulista, com destaque para Adriano Soares registrando índice para MER e a disputa em cavalos novos. Mais concorrida, a categoria cinco anos teve Quehermosa do Vouga, apresentada por Fabio Rogerio Lombardo Junior, e Querido da Sasa JE, na sela de Frederico Correa Mandrot, como os únicos animais a atingirem nota exigida para os requisitos mínimos de elegibilidade (MER) para o Campeonato Mundial de Cavalos Novos, o Longines FEI/WBFSH, ao pontuarem 76% e 75,400% respectivamente.
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Os demais cavalos de cinco, seis e sete anos não registraram nota suficiente para MER na reprise preliminar. Para poder participar, os animais precisam alcançar MER de pontuação total mínima de 75% para as categorias de 5 e 6 anos e de 70% para sete anos nas reprises preliminar ou final.
Em cinco anos, Quite Good VO fez 72,200% na sela de Eduardo Alves de Lima e Quilombo da Sasa JE, 68,800% com Frederico Correa Mandrot. Único em seis anos, Proton da Sasa JE teve nota de 74,200% com Paulo Cesar dos Santos. Em sete anos, Boogie, apresentado por Pia Aragão venceu com 68,107% de nota final à frente de Ostrakova da Paixão com Fabio Rogerio Lombardo Junior e 66,447% — conjunto obteve MER no internacional de março, assim como Quite Good VO.
Adriano Soares com Jogador do Drosa faz 66,087% e obtém primeiro índice do MER para Aachen 26
Em small tour, Eduardo Alves de Lima ganhou com Florisbela V.O. com 67,118% e Diego Fernando Ferreira da Silva ficou em segundo com Motor da Sasa JE (64,735%) na reprise prêmio São Jorge que teve apenas eles dois na disputa. Também com dois concorrentes, medium tour registrou a estreia de Sara Godoy com Goya Crystal e 61,088%, atrás de Fabio Rogerio Lombardo Junior que já vem competindo nesta série com Mágico Interagro. O conjunto do Rancho Cariama fez 63,382%.
Visão dos juízes
Em entrevista ao Adestramento Brasil, o juiz internacional FEI L4 Magnus Ringmark ressaltou o baixo número de participantes nas provas — foram 12 conjuntos nos CDIs — elogiou o local das provas, a organização e o piso das pistas. Ringmark, que já julgou no Brasil algumas vezes, disse ter sentido falta da participação de alguns cavaleiros que ele já julgou.
“Temos alguns cavaleiros promissores e alguns cavalos estão em bom caminho, mas precisam se desenvolver mais e ter mais treinamento. O cavalo do grande prêmio foi bom, teve bons passage e piaffer, mas ele teve erros nas mudanças a tempo”, comentou o juiz suéco.
Marian Elizabeth Cunningham (FEI L3 pelo Peru) chamou a atenção para a falta de contato de alguns cavalos e também para o fato de alguns andarem com a nuca baixa, a boca aberta e precisam de mais liberdade (soltura) lateral em alguns movimentos. “Mas, acima de tudo, andam bem e montam muito bem”, destacou.
Falando sobre os cavalos novos, apontou que viu uns que são bons no trote, no galope, mas não têm passo e outros cuja montaria não é tão adequada ao cavalo, “no sentido de que não têm contato”. “Tem cavalos muito bons”, disse.
Como dica, ressaltou a importância de os conjuntos seguirem a escala de treinamento, indo etapa por etapa para não ultrapassar os degraus da escala. “Porque sem relaxamento, não se consegue contato suave e, então, não se consegue retidão, impulsão e concentração.”
O júri de campo do CDI é presidido pela diretora de adestramento da Confederação Brasileira de Hipismo e juíza internacional FEI L3, Claudia Mesquita, tendo como membros Leif Toernblad (FEI L4 pela Dinamarca), Max Antonio Piraino Lyon (FEI L3 pelo Chile), Marian Elizabeth Cunningham (FEI L3 pelo Peru) e Magnus Ringmark (FEI L4 pela Suécia).
Confira as tabelas de Adestramento Brasil compilando os resultados das seletivas:



3 respostas para ‘CDI: Quehermosa do Vouga e Querido da Sasa JE registram MER em 5 anos’