Para diretor da SHP, maior presença de amadores mostra que ranking está no caminho certo

ATUALIZADA – Com 59 conjuntos, sendo 32 amadores ou escola, a 6ª etapa do ranking SHP de adestramento está no caminho certo para incentivar os jovens a praticar o esporte, na opinião de Alexandre Morais de Oliveira, diretor de adestramento da Sociedade Hípica Paulista. “Não podemos ficar apenas no topo das provas grandes; temos de incentivar as categorias de base para mais tarde colher os frutos”, disse. “O adestramento cresceu muito neste ano. Agora não podemos ‘tirar o pé’, temos de estar sempre incentivando”, completou.

Líder do campeonato paulista de adestramento (confira resultados parciais) na série elementar amador, com 38 pontos, Carolina de Arruda Botelho (foto) contou que, antes de ingressar no adestramento, praticava a modalidade salto. “Meu cavalo morreu e fiquei sem. Vimos que o [brasileiro de hipismo] Chronus Santa Dalila (TE), cavalo do meu namorado, daria para o adestramento. Comecei neste ano e deu super certo”, contou. A meta da amazonas é competir no CPA na série preliminar no ano que vem. Em 2017, ela fez o Ranking SHP nas categorias elementar e preliminar.

>>> Confira todos os resultados da 6ª etapa do Ranking SHP

Para a juíza Rosalind Flosi Macedo, o aumento no número de concorrentes dos rankings tem sido expressivo. “Ficamos felizes, porque o adestramento está melhorando. Nas séries iniciante, que são a base de tudo, são difíceis, porque é tudo muito novo. Os cavaleiros tem medo de fazer a prova, mas eles estão melhorando”, disse. “A beleza do adestramento é que você tem sempre de melhorar, nada é perfeito, nem no nível top”, completou.

A escola de equitação da SHP inscreveu 11 conjuntos nas séries pônei, elementar, preliminar e média I. De acordo com o capitão Monteiro, diretor da escola de equitação da SHP, a procura pelas provas cresceu e a ideia é incentivar cada vez mais a participação. “Temos incentivado os alunos a participarem mais do adestramento, porque ele é a base da equitação”, disse.

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Denis Satoshi Komoda, aluno da EESHP, competiu com Rob Touch na elementar

“A procura pelas provas tem sido maior devido ao trabalho de vase que estamos fazendo. Na escola, o iniciante tem base de adestramento, mesmo se for saltar”, completou Solange Hardt, coordenadora técnica da escola de equitação da SHP.

Entre os conjuntos seniores — quatro no GP e seis no prêmio São Jorge —, a 6ª etapa do ranking teve clima de preparação para o CDI3*, que serve como observatório tanto para os Jogos Equestres Mundiais (WEG, na sigla em inglês) como para os Jogos Sul-Americanos.

Único com mais de 66%, Leandro Silva, com Dicaprio, levou o grande prêmio (GP) em prova do ranking da Sociedade Hípica Paulista em momento de preparação para disputar o concurso de adestramento internacional, que ocorre de 5 a 8 de outubro, na SHP. Na São Jorge, Mauro Pereira Da Silva Junior fez 68,355% com Don Enrico AMM e ficou na primeira colocação.

>>> Confira álbum de fotos da prova no Facebook!

Para a diretora de adestramento da CBH e juíza da prova, Sandra Smith Martins, é muito importante para os conjuntos de séries fortes participar das provas de rankings. “São nestas provas que eles vão testar, arriscar mais. É a prova para acontecerem os erros, para ver o que acontece se colocar mais ou menos impulsão”, destacou.

Questionado sobre os preparativos das equipes brasileiras, Alexandre Morais de Oliveira afirmou que ainda o Brasil tem de se preparar melhor. “Eu sou um cara mais seguro, mais pé no chão. Eu gostaria de preparar mais para mandar uma equipe com mais qualidade”, afirmou. O diretor da SHP também criticou o valor cobrado pelas inscrições para os CDIs.

“É cara a inscrição. Aquela pessoa que está cotada para fazer parte da equipe paga a inscrição, aquele que não tem, não entra; daí desequilibra. Eu sou contra, acho que estamos matando o esporte com preço das inscrições”, disse, mas fazendo ressalva de que é preciso ter mais qualidade. “Esta prova [falando do ranking] custa R$ 120 para entrar. Se tivesse um cara dando um show e não conseguindo pagar inscrição do CDI. a gente faria campanha para arrumar patrocínio para ele entrar, mas nem isto a gente tem. Não é só [a questão do] dinheiro, a gente não tem cavaleiro para ir brigar.”

* Atualizada às 13h15 para acréscimo de informações.

Fotos: Fernanda Otero

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