Assim como o Campeonato Paulista de Adestramento teve mudanças para a temporada 2019, o Campeonato Paulista de Adestramento Paraequestre também foi alterado. Em vez de ser contabilizado ao longo do ano, ele será realizado em duas etapas, em outubro e novembro, enquanto as outras provas do calendário valerão para o Troféu Eficiência.
O calendário oficial de paraequestre contra com quatro provas da modalidade sendo realizadas em São Paulo. Elas ocorrem dias 24 de março, no Clube Hípico de Santo Amaro; 30 de junho, também no CHSA; 20 de outubro, no CHSA e sendo a primeira etapa do Campeonato Paulista; e 9 de novembro, na Sociedade Hípica Paulita e segunda e última etapa do Paulista Paraequestre.
“Isto ajuda porque o atleta, para participar do Campeonato Paulista só precisa participar de duas provas. E, por outro lado, o atleta que teve condições de participar de todas as provas do ano vai concorrer ao Troféu Eficiência”, ressaltou o diretor de paraequestre da FPH, Syllas Jadach.
>>> Confira o regulamento do paraequestre na íntegra
Outra mudança para este ano é a possibilidade de o atleta trocar de animal, caso haja um forfait veterinário. “Assim, ele continua pontuando mesmo quando troca de cavalo. Entendemos que é difícil ter um cavalo de paraequestre, porque ele precisa atender a mais requisitos que um competindo no adestramento regular. Então, sabendo desta dificuldade do cavalo, a federação fez esta mudança no regulamento para o ano de 2019”, explicou.
Ao fazer um balanço da temporada 2018, Syllas Jadach avaliou que o saldo do campeonato paraequestre 2018 foi positivo, considerando que foi uma retomada do esporte em São Paulo. “Em 2017, somente uma prova paraequestre foi realizada e fizemos quatro em 2018, mas ainda está longe de onde pretendemos chegar: provas com mais atletas, com todos os oficiais de concurso”, disse.
Entenda as regras
Para o Troféu Eficiência será considerado vencedor aquele conjunto que obtiver a maior pontuação, segundo tabela abaixo, sem descartes e com exigência de participação em pelo menos 50% das provas oficiais de adestramento paraequestre da FPH. As provas do Campeonato Paulista de Adestramento Paraequestre têm coeficiente três e as demais, coeficiente um. “Quisemos privilegiar os atletas que competem em São Paulo”, afirmou.
Só poderão participar do Troféu Eficiência os conjuntos regularmente inscritos, cadastrados e com os registros regularizados junto à FPH, devendo estes pertencer a uma entidade filiada ou serem convidados da FPH.
Sendo no mesmo grau, o atleta do adestramento paraequestre poderá competir com mais de um cavalo, contudo, somente um conjunto somará pontos. No caso de forfait veterinário, até duas substituições de cavalo serão autorizadas sem qualquer prejuízo à pontuação.
Um mesmo cavaleiro não poderá ser proclamado campeão e vice-campeão paulista. Quando isso ocorrer, caberá ao terceiro classificado o título de vice-campeão.
Conheça o paraequestre
O adestramento paraequestre é igual ao adestramento regular. A única diferença é que os cavaleiros e amazonas têm lesões físicas e passam por avaliações para serem classificados segundo o grau das deficiências. Assim explicou Gabriele Brigitte Walter, classificadora oficial da Federação Equestre Internacional (FEI), ao Adestramento Brasil o funcionamento da modalidade que, ao longo dos anos, conferiu ao Brasil várias medalhas paralímpicas e de outras competições.
“A divisão é por perfil funcional para ficar mais justo”, explicou Gabriele Walter. Nas provas paraequestres, os atletas são divididos em cinco classes — Grau I , Grau II, Grau III, Grau IV e Grau V —, de acordo com os tipos de deficiência. A avaliação para identificar a qual grupo cada pessoa pertence é feita por um profissional habilitado e oficial da Federação Equestre Internacional. No Brasil, cabe à Walter esta tarefa.
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