Ao abrir a comissão de ética e bem-estar equino (EEWB, na sigla para Equine Ethics and Wellbeing Commission), o presidente da FEI, Ingmar De Vos, disse que a sessão é parte de um processo e um marcador importante na estrutura geral da Comissão de Ética e Bem-Estar Equino. “Há mais que pode ser feito e mais que deve ser feito quando se trata de proteger o bem-estar do cavalo”, ressaltou. Na agenda da comissão está fortalecer a posição do esporte equestre na sociedade moderna. E para isso, apontou De Voz, é preciso “ter a coragem de olhar no espelho e aceitar não só o que vemos, mas também o que o grande público vê, sem preconceitos e sem filtros”.

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A Comissão EEWB independente foi criada em junho de 2022 para focar nas maneiras pelas quais a comunidade equestre da FEI pode fortalecer sua licença social para operar à luz da crescente preocupação pública relacionada ao bem-estar dos cavalos no esporte.

A presidente da comissão é a professora doutora Natalie Waran (foto), uma cientista internacionalmente reconhecida em comportamento e bem-estar animal. Ela delineou diferentes aspectos do trabalho da Comissão, em particular a abordagem que está sendo adotada pela comissão para analisar os diferentes aspectos do bem-estar equino que podem afetar a licença social para operar no contexto das atividades da FEI, com o objetivo final de recomendar um curso de ação prática.

“Somos todos interessados ​​no hipismo”, disse a dra. Waran, em seu discurso na Assembléia Geral da FEI. “Como Comissão, seremos contundentes, seremos diretos e contaremos a verdade. Mas, no fim, estaremos aqui com você. Há mudanças que precisam acontecer e estamos aqui para desenvolver uma estratégia, fornecer conselhos objetivos, fazer recomendações e depois ver como essas recomendações podem ser colocadas em prática”, completou.

Como parte de uma abordagem baseada em evidências para seu trabalho, a comissão realizou duas pesquisas com as partes interessadas no hipismo e o público em geral, a fim de determinar a percepção ampla do uso de cavalos no esporte. A também especialista e membro da comissão, a professora Kathalijne Visser levou os delegados à análise dos dados dessas duas pesquisas.

Houve um amplo consenso de que o bem-estar do cavalo e uma forte pesquisa científica devem ser a base sobre a qual a comunidade toma decisões em relação à prática do bem-estar equino. A estrutura inicial da estratégia de ética e bem-estar equino para abordar questões de Licença Social para Operar, que se baseia em seis pilares principais de suporte:

• Evidência: para melhorar a credibilidade por meio de pesquisas
• Educação: promover a transferência efetiva de conhecimento para garantir padrões otimizados de bem-estar equino
• Engajamento: exigir transparência, por meio de comunicação clara e oportuna
• Regulamentação efetiva: proteger o bem-estar dos equinos, especialmente, onde pode haver agendas concorrentes
• Fiscalização: garantir o entendimento claro das regras e o cumprimento efetivo por todos os envolvidos com cavalos esportivos
• Empoderamento: promover uma cultura de responsabilidade pessoal pelo bem-estar e bem-estar dos equinos

Durante a sessão de perguntas e respostas houve discussões abertas entre membros da comissão e delegados presentes e online, incluindo as primeiras recomendações fornecidas pela comissão sobre freios e bridões duplos, formas de comunicar para melhorar a imagem do esporte e das atividades equestres em geral, a metodologia por trás das pesquisas e outras pesquisas realizadas pela Comissão, e questões relativas à medição das emoções dos cavalos, e a influência direta e indireta da FEI mesmo fora da área esportiva.

Com informações da FEI. Foto: divulgação FEI