A Assembleia Geral da FEI em Cape Town aprovou as propostas para os regulamentos olímpicos, o que, no caso do adestramento inclui subir o porcentual do MER de 66% para 67%. O Japão se manifestou contra a mudança. Conforme a Federação Equestre Internacional explicou a este noticiário, para entrar em vigor falta ainda o Comitê Olímpico Internacional (COI) aprovar. O Comitê de Adestramento também sugeriu acabar com GPS com música, aumentar para dez o número de times no GPS, entre outras resoluções.
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Propostas que descrevem modificações no Regulamento Olímpico de Paris 2024 para a modalidade de adestramento foram discutidas durante o FEI Sports Forum, nos dias 25 e 26 de abril em Lausanne, na Suíça, em 2022. Entre as sugestões apresentadas aos delegados foi passar de 66% para 67% o porcentual para obtenção dos requerimentos mínimos de elegibilidade (MERs, na sigla para minimum eligibility requirements).
Com relação ao MER, o Japão foi o único, durante as discussões sobre as propostas, a se manifestar contra o aumento do porcentual. O país asiático argumentou que os Jogos Olímpicos não são apenas para mostrar o melhor desempenho esportivo e que não aumentar o porcentual mínimo para o MER pode ser relevante para um atleta de um país onde a disciplina vem melhorando. Disse ainda que essa participação pode promover o adestramento no próprio país e vai premiar uma vida inteira dedicada ao nosso esporte.
Contudo, a sugestão não foi acatada. O Comitê de Adestramento justificou que o aumento de um ponto porcentual é correto em relação ao alto nível atual em competição dos conjuntos.
Respondendo ao Adestramento Brasil, a FEI afirmou que “os regulamentos dos Jogos Olímpicos foram, de fato, aprovados durante a última Assembleia Geral da FEI na África do Sul. Mas este é apenas um primeiro passo, já que o COI ainda precisa aprová-los também, então, não podemos confirmar no momento se eles serão aprovados para Paris 2024 até que o COI nos comunique sua decisão final”.
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Outras propostas para o regulamento de Paris 2024 incluem a apresentação dos cavalos na inspeção veterinária segundo uma ordem de entrada e não mais por ordem alfabética ou das nações; o aumento de oito para dez o número de times competindo no grande prêmio especial (GPS) nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 e a exclusão do grande prêmio especial com música.
Sobre o GPS com música, o comitê de adestramento reconheceu que a iniciativa tinha objetivo tornar o esporte mais atrativo, mas “isso não foi muito bem-sucedido nem no adestramento e nem no paraequestre, com muitos atletas não levando suas próprias música (muito caro/complicado) e outros até optando por usar algum provedor de música em vez de escolher a sua própria música. Os juízes mencionaram que as diferenças de qualidade e volume
poderiam ser uma distração, quando a música era para ser apenas música de fundo”.
Também foram propostas emendas ao regulamento para formulação da ordem de entrada e divisão nos grupos, no caso de menos de 60 conjuntos estarem aptos a competir no grande prêmio. Com a divisão do ranking mundial entre listas para atletas humanos e cavalos, foi proposto que a ordem de entrada para o GP leve em conta apenas as colocações dos atletas e não dos cavalos
Confira outras propostas no documento aqui.
Assista à assembleia geral ordinária, realizada em 13 de novembro na África do Sul:
Uma resposta para “Assembleia da FEI aprova MER de 67% para Paris 2024; falta passar pelo COI”