O Campeonato Brasileiro de Adestramento de Cavalos Novos não vai ocorrer junto com o CBA e Taça Brasil de outras categorias e séries. A Confederação Brasileira de Hipismo decidiu que a competição, em 2023, será realizada em evento à parte e os concorrentes terão de se qualificar para estarem aptos a disputar o campeonato. Haverá premiação em espécie no valor total de R$ 20 mil.
Você gosta do Adestramento Brasil?
Para este site jornalístico — que traz as principais notícias da modalidade — seguir existindo, ele precisa de financiamento. Afinal, dá um trabalhão manter todos atualizados!
Colabore para a continuidade do site: seja um anunciante ou contribua no valor que quiser via PayPal (cartão de crédito) ou Pix (contato@adestramentobrasil.com).
O CBA de cavalos novos de quatro, cinco, seis e sete anos acontecerá de 7 a 10 de dezembro na Coudelaria Rocas do Vouga, criadora de cavalos puro sangue lusitanos, localizada em Itu, no interior de São Paulo.
Para poder disputar o CBA, os cavalos novos terão de se qualificar em concursos nacionais (CANs). Serão classificados para o CBA-CN quatro cavalos de quatro anos, quatro cavalos de cinco anos, quatro cavalos de seis anos e quatro cavalos de sete anos. Para a qualificação, será levada em consideração a maior média de pontuação dos quatro melhores resultados obtidos em CANs no ano 2023.
Em concursos de dois dias de competição, a CBH esclareceu que cada dia de prova constitui um resultado independente. Pelo calendário da CBH divulgado em fevereiro, há oito CANs neste ano, sendo que alguns nacionais não tiveram a localidade divulgada ainda.
De acordo com a CBH, além dos cavalos qualificados pelo critério, outros cavalos poderão receber o que a entidade chamou de “wild cards” para competir. A definição de quais serão os cavalos ficará a critério da comissão organizadora. A CBH esclareceu que estes cavalos não serão elegíveis à premiação em espécie, mas participarão normalmente do Campeonato Brasileiro, podendo, inclusive, receber o título de Campeão Brasileiro da sua idade.
Adestramento Brasil pediu ao diretor de adestramento da CBH, Sergio de Fiori, para esclarecer as mudanças. Confira o que ele explicou:
AB: O que levou a CBH a tirar cavalos novos do CBA/Taça Brasil e a fazer evento independente?
Sergio de Fiori: Não é a primeira vez que a CBH faz o CBA-CN separado; e a FPH tem feito também. Temos um número suficiente de cavalos novos e um evento desse dá mais dinamismo ao calendário.
Como será o campeonato?
Dois dias mais inspeção, que é o formato que já usamos tanto no Brasileiro, como na maior parte dos CANs.
Por que fazer a seleção, algo que nunca teve no Brasil?
A seleção visa a garantir um concurso de nível elevado. Evidentemente, existe a expectativa de que isso ajude a movimentar o calendário como um todo, na medida em que a premiação oferecida é inédita para esta categoria.
O que seriam os wild cards e por que eles foram criados? Inserir cavalos que não tenham passado pela seleção, ainda que não concorram à premiação em espécie, não me parece justo com quem efetivamente participou da qualificação e abre espaço para questionar a isenção e os interesses.
São licenças para competir que podem ser pleiteadas por aqueles que não cumpriram os requisitos estabelecidos por motivos particulares. O único intuito de abrir essa possibilidade é não fechar portas para cavalos com grande potencial.
Uma resposta para “CBH separa CBA de cavalos novos e submete concorrentes à qualificação”