Rodolpho Riskalla é notificado por agência antidopagem

A Agência Internacional de Testes (ITA), que lidera o programa independente de antidopagem para atletas humanos reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional e pela Federação Equestre Internacional (FEI), informou que comunicou o cavaleiro brasileiro Rodolpho Riskalla de uma aparente violação de regra antidoping no CPEDI 3* Al Shaqab, em Doha. A agência também disse que o atleta se encontra suspenso provisoriamente até a resolução da questão. Riskalla tem o direito de solicitar a contraprova, por meio da análise da amostra B. Procurado por Adestramento Brasil, o medalhista paralímpico e mundial disse que vai aguardar o término do processo, que é confidencial, para se pronunciar.

A ITA informou, em 30 de março, que uma amostra coletada durante a prova grande prêmio estilo livre grau 4 no concurso internacional de adestramento paraequestre (CPEDI 3) no Qatar, em 25 de fevereiro de 2023, retornou com resultado analítico adverso (AAF, na sigla em inglês – trata-se do nome técnico para o resultado positivo para o doping) para a substância proibida “SARMS LGD-4033 (ligandrol), um agente anabólico.

Riskalla tem o direito de pedir análise da amostra B, inclusive estando presente quando a mesma for aberta. De acordo com a Confederação Brasileira de Hipismo, a contraprova ainda não saiu. Quando qualquer amostra é coletada, ela é dividida em amostras A e B para assegurar que os resultados não foram consequência de um erro no procedimento do laboratório. O atleta tem o direito de apresentar evidência na audiência. Mesmo se o resultado positivo do teste for confirmado, depois da audiência e da sanção imposta, o atleta pode apelar da decisão, segundo detalha a página da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem.

A Agência Internacional de Testes (ITA) explicou ainda que a FEI delega à ela o seu programa antidoping para atletas humanos, incluindo o gerenciamento independente de resultados. Assim, o processo do caso está sendo tratado inteiramente pela ITA, que declarou também que, dado que o caso está em andamento, não haverá mais comentários durante o processo em curso.

Questionada por Adestramento Brasil, a CBH disse que caso está em julgamento e sem definição. “Ele tem direito a contraprova, que ainda não saiu. Antes disso e de acordo com a International Testing Agency (ITA), parceira da FEI, o caso está sendo tratado sob sigilo e internamente, sem que tenhamos maiores informações e, por isso, não temos como nos pronunciarmos. Estamos atentos e aguardando o julgamento”, apontou, em nota, a entidade.

No evento em questão (leia matéria), Riskalla competiu com Irish Coffee BH, quando obteve de nota final 70,833% no teste A, ficando em quinto; 71,532% no teste B, classificando-se em segundo; e 73,300% no freestyle, fechando sua participação no CPEDI 3* do Catar em terceiro lugar.

Em setembro de 2022, o medalhista paralímpico e mundial Rodolpho Riskalla foi indicado pela FEI e eleito para o Conselho de Atletas da Agência Mundial Antidoping (WADA, na sigla em inglês), órgão criado em maio do ano passado como parte de amplas reformas de governança com objetivo de aumentar a representação de atletas dentro da agência.

Riskalla também é membro do Comitê Paraequestre da FEI para o mandato de quatro anos (2022-2026). O cavaleiro consta na lista longa da CBH para escolha da equipe para o Pan de Santiago.

De acordo com a ITA, o SARMS LGD-4033 (ligandrol) é proibido pela lista de substâncias proibidas da Agência Mundial Antidoping (WADA) de 2023 como agente anabólico (S1.2). É proibido em todos os momentos e, considerando que é uma substância não especificada, uma suspensão provisória é obrigatória, de acordo com as Regras Antidoping da FEI para atletas humanos.

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