Isabell Werth classifica Emilio e Weihegold para final da FEI Dressage World Cup

A alemã Isabell Werth fez um feito inédito: a amazona que, constantemente é chamada de rainha do adestramento, classificou tanto Emilio 107 quanto Weihegold OLD para final da Copa do Mundo da FEI, que será realizada de 3 a 7 de abril em Gotemburgo, na Suécia. A Federação Equestre Internacional divulgou nesta terça-feira 26/3 a lista dos 18 conjuntos, representando 12 países, que disputarão a final FEI Dressage World Cup. Werth terá de escolher com qual montaria vai competir.

Werth, além de ser a atual detentora do título, já foi quatro vezes campeã do mundo. Neste ano, a competição deve ser acirrada com Laura Graves e Verdades, dos Estados Unidos. A Liga da Europa Ocidental classificou nove conjuntos; a Europa Central, dois; a América do Norte, dois; a Liga do Pacífico não classificou ninguém.

O único outro atleta a ter garantido três títulos consecutivos é Anky van Grunsven, da Holanda, que ficou  invicta com Bonfire entre 1995 e 1997, e com total de nove vitórias ao longo de um período de 13 anos; um feito difícil a ser batido.

A formação completa da Liga da Europa Ocidental inclui Helen Langehanenberg, com Damsey Frh; Benjamin Werndl com Daily Mirror 9; Daniel Bachmann Andersen com Blue Hors Zack; Patrik Kittel e Delauney Old; Hans Peter Minderhoud e Glock’s Dream Boy N.O.P.; Maria Caetano com Coroado; Tinne Vilhelmson Sifvén e Don Auriello; Judy Reynolds com Vancouver K e Morgan Barbançon com Sir Donnerhall II Old.

Pela liga da América do Norte, além de Laura Graves e Verdades compete Kasey Perry-Glass montando Goerklintgaards Dublet.  A Europa Central será representada pela russa Regina Isachkina montando Sun of May Life e por Olga Safronova com Sandro D’Amour, da Bielorrússia, enquanto Yvonne Losos de Muniz e Aquamarijn, representando a República Dominicana, competem pela cota sem liga.

Os dois lugares sem liga FEI e mais a vaga deixada pela liga do Pacífico ficaram com a sul-africana Tanya Seymour (Ramoneur 6), a americana Adrienne Lyle (Salvino) e a holandesa Emmelie Scholtens (Apache).

Confira a lista completa aqui.

Entenda a Copa do Mundo da FEI
A Copa do Mundo de Adestramento da FEI foi criada em 1985 e o conjunto campeão é decidido na prova de grande prêmio estilo livre. Em todos seus anos de história, a Copa do Mundo foi vencida apenas por quatro cavaleiros: o alemão Sven Rothenberger, montando Andiamo, em 1990; o estadounidense Steffen Peters com Ravel em 2009; os holandeses Edward Gal com Totilas, em 2010, e Hans Peter Minderhoud com Glock’s Flirt em 2016.

A Copa do Mundo de Adestramento da FEI compreende uma série de competições do nível de grande prêmio realizada em diversos países com objetivo de qualificar os conjuntos para a final. Os países são divididos em quatro ligas: Europa Ocidental, Europa Central, América do Norte e Pacífico (Austrália e Nova Zelândia). Atletas de outras nações também podem se qualificar para a Copa do Mundo disputando a liga da Europa Ocidental, mas precisam avisar com antecedência a FEI.

Classificam para a final nove conjuntos da liga da Europa Ocidental, dois da Europa Central, um do Pacífico, dois da América do Norte, um de país não incluso nas ligas, o campeão do ano anterior e mais dois conjuntos extras apontados pela FEI que podem ser de atleta com residência permanente e que qualificou em uma das ligas ou para atleta do país que sedia a final, caso nenhum tenha se qualificado na seletiva ou para o conjunto mais bem ranqueado na lista mundial da FEI.

Em qualquer liga, os conjuntos podem competir em até seis provas classificatórias e valerão os quatro melhores resultados, exceto para a liga do Pacífico que são três, sendo que em duas delas precisam ter disputado GP estilo livre. A pontuação é baseada na classificação do conjunto. No entanto, para poder disputar a final, o conjunto tem de ter obtido, em dois CDI-Ws classificatórios distintos, nota mínima de 68% no GP estilo livre.

Cada país pode classificar até três conjuntos e cabe à nação apontar quais serão os três competindo na final no caso de mais conjuntos se classificarem. Cada atleta só pode participar com um cavalo.

Há regras também com relação ao júri. Por exemplo: três dos cinco juízes das etapas classificatórias em GP e GP freestyle precisam ser de nacionalidade diferente do país que está sediando a competição e devem ser 4 ou 5 estrelas. Também não pode haver dois ou mais juízes da mesma nacionalidade no júri de campo, com exceção para CDI-Ws fora da Europa desde que autorizado pela diretoria de adestramento da FEI.

O regulamento da Copa do Mundo pode ser lido na íntegra aqui.

Foto: divulgação FEI/Martin Dokoupil

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