O fim de semana foi de festa para a Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Puro Sangue Lusitano (ABPSL), homenageada na edição deste ano do Festival Internacional do Cavalo Puro Sangue Lusitano, em Cascais, Portugal. “Maior criador mundial, o Brasil tem se tornado um grande difusor das qualidades do puro sangue lusitano pelas Américas e recebe, honrado, as homenagens da APSL, entidade que tem se mostrado grande parceira da ABPSL, no objetivo comum de preservação do padrão racial, desenvolvimento e difusão da raça PSL pelo mundo”, destacou Ismael Gonçalves da Silva, presidente da ABPSL.
A ABPSL é a segunda associação de lusitano mais antiga do mundo. A primeira é a francesa e ela foi homenageada em 2018. A ABPSL montou uma casa brasileira no festival (confira abaixo a galeria de fotos) com objetivo de mostrar a qualidade da criação verde-amarela. O espaço reuniu diversos criadores de lusitanos interessados em expor suas marcas na Europa.
Ismael Silva também ressaltou que, atualmente, 100% dos animais lusitanos nascidos no Brasil e em Portugal e derivados de Portugal estão registrados tanto no stud book brasileiro quanto no português. “Nos últimos cinco anos, trabalhamos juntos para regularizar todos os registros dos cavalos”, explicou.
No evento, a ABPSL lembrou que, fundada em dezembro de 1975, a entidade reuniu, em princípio, criadores que vinham criando a raça no Brasil a partir de importações realizadas nos primeiros anos da década de 1970. No princípio da década de 1980, o número de puro sangue lusitanos nascidos no Brasil já era suficiente para o início das Exposições Internacionais, como é chamado o principal festival da raça no País.
“Naqueles tempos iniciais, a raça era usada apenas em sua excelência, como cavalo de sela, sendo também um agradável pretexto para reunir amigos e amantes do cavalo em torno de seus magníficos exemplares, uma vez que o Brasil tornara-se um dos importantes destinos de animais de elite, salvos das mazelas da Revolução dos Cravos pela qual passou Portugal”, lembrou Ismael Silva.
Na década de 1990 firmou-se o primeiro protocolo entre a ABPSL e a associação mãe, a APSL. A partir daí esforços mútuos foram empenhados para que os regulamentos e os processos de registro genealógico fossem unificados, determinando a inscrição de todos os animais PSL nascidos no Brasil no Livro da Raça.
“Durante os anos 2000, além da equitação de trabalho, a ABPSL levou o puro sangue lusitano ao ensino (adestramento), colocando a raça, em poucos anos, como sinônimo da modalidade no Brasil, hoje composição certeira das equipes internacionais brasileiras”, destacou Silva.
O festival, que, neste ano, ocorreu de 27 a 29 de junho, é organizado pela Associação de Criadores do Cavalo Puro Sangue Lusitano (APSL). Durante os três dias de evento, é conhecido o lusitano que recebe o título de campeão de campeões do ano e são entregues os prêmios aos animais que se destacaram nas diferentes disciplinas no ano anterior. Confira aqui todos os resultados.
Fotos: cedidas pela ABPSL
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