A Federação Equestre Internacional divulgou, nesta sexta-feira 19/7, a lista definitiva dos conjuntos que integram as equipes na disputa dos Jogos Pan-Americanos de Lima. Apenas Brasil, México e Canadá têm times mistos, tornando-se aptos a disputar qualificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Pelas regras, a equipe tem de ter pelo menos uma combinação em big tour para disputar a classificação.
Do Brasil, constam da lista os conjuntos small tour João Paulo dos Santos (Carthago Comando SN), João Victor Olva (Biso da Lezírias) e Mauro Pereira da Silva Júnior (Don Enrico AMM) e Pedro Tavares de Almeida (Aoleo SIS) em big tour.
Competem no Pan, 42 conjuntos representando 16 países. Confira a lista completa aqui.
O Brasil anunciou que levará cinco conjuntos para o Peru. Além dos já citados, compõe a equipe Leandro Silva e DiCaprio em big tour. Pelas regras, é possível trocar a composição dos times até horas antes do vet check. Em entrevista em junho, antes da convocação do Time Brasil, a diretora de adestramento da CBH, Sandra Smith, explicou que mandaria as inscrições nominais e os cinco conjuntos convocados embarcariam para Lima. “A qualquer momento lá, pode trocar [o time], se eu não me engano, até duas horas antes da inspeção”, disse. Na lista com as inscrições nominais, o Brasil conta com oito conjuntos aptos a entrar no Pan. Nesta sexta 19/7, Smith, questionada por este noticiário se a lista FEI é definitiva, disse que o time ainda pode mudar.
Rumo a Tóquio 2020
Ficar entre os melhores em Lima é a maneira de carimbar o passaporte para a ida de um time de adestramento para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Para os países da América (grupo D para América do Norte e E para Central e do Sul), o Pan designa duas vagas por equipe (máximo de seis atletas), lembrando que Estados Unidos conseguiram a classificação em WEG-Tryon. Desta forma, é preciso conquistar, no mínimo, o bronze para garantir a presença brasileira no Japão, imaginando que EUA fiquem no pódio.
A competição começa em Lima em 26 de julho com a inspeção veterinária, que aprova

(ou não) os cavalos para as provas. O primeiro dia de competição será 28/7 com as provas de prêmio São Jorge (small tour) e grande prêmio (big tour), valendo para qualificação por equipe e individual.
No dia seguinte, 29/7, os conjuntos têm de executar as reprise intermediária 1 (small tour) e grande prêmio especial (big tour). É nesta etapa que são definidas as medalhas de ouro, prata e bronze. As provas também servem de classificação individual.
Os conjuntos qualificados para competir a final são submetidos à nova checagem veterinária, no dia 30/07. Eles retornam às pistas para disputar as medalhas de ouro, prata e bronze individuais, no dia 31/7, quando terão de se apresentar com música, no freestyle (inter 1 e GP).
Histórico
No último Pan-Americano, em Toronto (Canadá) em 2015, o Brasil foi bronze por equipes. João Victor Oliva (Xamã dos Pinhais), João Paulo dos Santos (Veleiro do Top), Sarah Waddell (Donelly 3) e Leandro da Silva (Di Caprio) levaram a medalha para casa. Os Estados Unidos foram ouro por equipe e o Canadá, prata.
No Pan de 2011, em Guadalajara, o Brasil conquistou a quinta colocação por equipes. No total, o adestramento brasileiro conta com cinco medalhas em Jogos Pan-Americanos, todas de bronze, sendo quatro por equipe: no México 1975, em Caracas 1983, no Rio 2007 e em Toronto 2015; além de uma individual: em Caracas 1983, de Orlando Facada com Premiado. Veja aqui uma retrospectiva dos últimos Pans.
O Canadá foi prata em Santo Domingo (2003), no Rio de Janeiro (2007), em Guadalajara (2011) e em Toronto (2015). Em 1999, em Winnipeg, a Colômbia levou a prata. Nas últimas cinco edições, os Estados Unidos foram ouro por equipe. No bronze, a disputa foi maior, com México levando em 1999 e 2003, o Brasil em 2007 e em 2015 e a Colômbia em 2011.
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