Na seqüência de trabalho lateral, as próximas figuras a serem aprendidas, após os movimentos de ceder à perna, espádua adentro, são travers e renvers. Neles, o cavalo fica ligeiramente encurvado e se move com os anteriores e posteriores em duas pistas diferentes, nas andaduras de passo, trote e galope. Sua iniciação pressupõe que as figuras anteriores já são executadas com desenvoltura, tanto ao passo como ao trote, com facilidade de movimentos, elasticidade e equilíbrio. Nesta semana, Adestramento Brasil publica o capítulo treze do livro “Manual de Equitação Fundamental” de Ingrid Borghoff Troyko, que trata das figuras de travers (cabeça ao muro) e renvers (garupa ao muro).
Troyko detalha que, no travers, o cavalo deve estar encurvado em torno da perna interna do cavaleiro e ligeiramente encurvado no pescoço e ganachas. A coluna se encurva para o interior do picadeiro, os membros externos do cavalo cruzam por cima dos internos. Os anteriores seguem na parede enquanto que os posteriores se posicionam ligeiramente para dentro do picadeiro em um ângulo de 30 graus. O cavalo está colocado e encurvado na direção do movimento, mas a cabeça fica paralela à parede.
Já o renvers é o movimento inverso ao travers, no qual a garupa está na parede e as espáduas para dentro do picadeiro, em um ângulo de 30 graus. O cavalo se encurva em torno da perna interna do cavaleiro, que será agora a perna externa, colocado e encurvado para a direção em que marcha. O cavaleiro sente a posição correta quando a sua bacia do lado de fora fica na linha da espádua de dentro do cavalo. A cabeça e pescoço se mantém paralelos à parede e a coluna define bem a sua encurvatura.
“Nestes exercícios, o cavalo deve encurvar a coluna mais do que na espádua adentro e, visto de frente, se enxergam os quatro membros distintos. Travers e renvers complementam o exercício de espádua para dentro, mas agora a reunião e encurvatura devem ser mais solicitadas. O travers é um ótimo exercício para o trabalho de ginástica das espáduas e o renvers solicita mais a atuação dos posteriores, sustentando mais o peso sobre a massa”, explica.
Em 1975, Ingrid Troyko conquistou medalha de bronze por equipes nos Jogos Pan-Americanos do México; em 1972, foi vice- campeã do Torneio Internacional de Aachen na prova do grande prêmio; e, em 1979, obteve o terceiro lugar por equipes nos Jogos Internacionais de Puerto Rico. A amazona e instrutora de equitação foi também cinco vezes campeã brasileira e obteve várias colocações em competições internacionais na Alemanha, além de ter atuado como juíza internacional de adestramento da Federação Equestre Internacional.
O conteúdo do livro é indicado para cavaleiros e instrutores e atende a todos que queiram aperfeiçoar as técnicas de montaria, com temas de interesse para qualquer modalidade hípica, ensinamentos sobre como trabalhar o cavalo e o cavaleiro corretamente na base e informações técnicas sobre o adestramento básico até o nível médio.
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