Roger Clementino, sobre quarentena: “ganhamos tempo para condicionar e ensinar novos exercícios aos cavalos”

“Ficar sem prova é muito ruim, porque é ela que nos faz manter focados e não nos deixa cair na zona de conforto. Pelo outro lado, quando estamos em competições, sempre necessitamos de tempo para melhorar os conjuntos e esse tempo veio da pior forma possível”, contou Rogério Clementino à série especial que Adestramento Brasil está conduzindo com objetivo de entender como as restrições impostas pela pandemia e a suspensão das competições afetam haras e atletas. Desde que montou seu centro de treinamento, em parceria com Jefferson Pereira, os ginetes têm se apresentado e provas e conquistado títulos. Agora, em quarentena, o foco também está em treinar cavalos para disputar vaga na equipe brasileira.


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Adestramento Brasil — Como está o centro de treinamento que você montou (saiba mais aqui)?
Rogério Clementino — Há um ano, estou trabalhando como prestador de serviço autônomo e faz cinco meses que estamos com uma parceria no centro de treinamento com Haras Crystal. Somos três cavaleiros e trabalhamos sete cavalos por dia cada um.

Qual é o impacto de não ter provas?
Ficar sem prova é muito ruim, porque é ela que nos faz manter focados e não nos deixa cair na zona de conforto. Pelo outro lado, quando estamos em competições, sempre necessitamos de tempo para melhorar os conjuntos e esse tempo veio da pior forma possível.

Como estão os treinos?
Estamos mantendo os treinamentos normalmente. Ganhamos tempo para condicioná-los e ensinarmos novos exercícios. E, como temos alguns novos cavalos, este tempo está sendo fundamental conhecer melhor cada um deles e, assim, termos ideia em que nível cada um se encaixa. Na nossa escala de treinamento, o importante é mantê-los descontraídos e felizes, então, fazemos muito exterior, alguns saltos em liberdade, soltamos nos piquetes… isso para eles não entrarem em estresse. Também estamos aproveitando a quarentena para explorar em alguns cavalos mais velhos exercícios de reuniões como passage, piaffe e mudanças, visando às reprises das categorias sênior e sênior top, sempre almejando obter vaga na equipe brasileira.

Quais cavalos vocês estão treinando de olho em vaga e qual é o objetivo?
Temos alguns cavalos que estamos trabalhando visando ao Sul-Americano e Pan-Americano; é um objetivo mais para o longo prazo.

Além disso, pensando nas provas numa temporada ainda em 2020, o que vocês têm em mente em fazer?
O nosso objetivo é manter os cavalos sempre em evolução visando aos Campeonatos Paulista e Brasileiro.

Que cuidados vocês estão tomando com relação ao novo coronavírus?
Sobre a Covid-19, estamos tomando as medidas solicitadas através da imprensa dos órgãos de saúde, tais como não aglomerar, utilizações de máscaras e só pessoas necessárias têm acesso ao haras e centro de treinamento.

Foto: divulgação / acervo pessoal 

SÉRIE ESPECIAL DE ENTREVISTAS — Quando o surto da Covid-19 chegou ao Brasil, as competições pararam e, para tentar frear o avanço da doença, a quarentena foi decretada. Contudo, quem lida com cavalos atletas sabe que o trabalho precisa seguir. Para entender como o período de pandemia está afetando profissionais e haras, Adestramento Brasil preparou uma série de entrevistas com diferentes coudelarias, amazonas e cavaleiros. Todas as entrevistas publicadas nos próximos dias estão reunidas nesta página

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