Brasília retomou as competições e realizou, no último fim de semana, a segunda e terceira etapas do Ranking de Adestramento da Federação Hípica de Brasília (FHBr), que valeram como Campeonato Brasiliense de Adestramento. Para Rafaela Gasparotto Orlandini Carvalhaes, diretora de adestramento da FHBr, houve uma boa participação, especialmente, considerando as restrições impostas pela pandemia. Foram 22 conjuntos, representando seis diferentes entidades: Cittac, CHP, SHBr, CET, BCC e RCG.

Os conjuntos executaram as reprises de números 1 e 2 e foram julgados por três juízes em cada um dos dias. Os porcentuais finais oscilaram entre 58% e 71% distribuídos entre atletas das series elementar, preliminar, media 1, media 2 e forte 1. As provas também contaram com a participação de dois atletas do paraequestre, que, neste ano, competiram de igual para a igual com atletas do clássico.

“As provas tiveram bom grau técnico. Infelizmente, tivemos alguns forfaits no primeiro e segundo dias, mas julgo que o objetivo principal de retomada fui cumprido. Tivemos apoio especial e participação expressiva do RCG e de atletas da SHbr nestas duas etapas totalizando 22 conjuntos”, disse.

As provas mais disputadas foram as das séries media 1, preliminar e elementar. No primeiro dia, os juízes foram Bruno Muniz (nacional), Rafaela Orlandini (local) e Fernando del Pai (local). No segundo dia, Muniz e Orlandini dividiram o julgamento com Paulo Chagas.

Inicialmente, estavam previstas oito etapas do Ranking de Adestramento da FHBr, sendo duas válidas como campeonato estadual, mas devido às restrições impostas pela pandemia da Covid-19, a federação reduziu o número para cinco etapas. “Sem dúvida, foi um ano difícil. Tínhamos vários projetos e alguns foram adiados e outros, reformulados, mas considero ainda um ano bastante positivo, com muitos novos praticantes nas categorias iniciais, conjuntos interessados em aprimorarem sua equitação e com planos a nível nacional para o próximo ano”, ponderou a diretora.

Durante a pandemia, Rafaela Orlandini disse que foram incentivados treinos organizados e etapas internas nos clubes, além da realização de quatro clinicas, que tiveram, inclusive, lista de espera. Foram três clínicas com a amazona Pia Aragão e, na próxima semana, será com Carlos Renato Veiga. “Diferentes das outras vezes, adotamos clinicas itinerantes deslocando os treinadores e não os conjuntos. Além disto, foram promovidas várias lives no perfil Instagram da FHbr apresentando temas diversos relacionados ao hipismo”, assinalou.

Confira os resultados completos.

Campeonato Brasileiro 
Em novembro, haverá 4ª etapa do ranking ocorrendo junto com o Desafio Brasil, justamente, uma semana antes do Campeonato Brasileiro e Taça Brasil de Adestramento. “As expectativas são grandes, embora as dificuldades também sejam, mas esperamos fazer um evento bastante proveitoso e de grande aprendizado e com a participação do maior numero de atletas”, disse Rafaela Orlandini.

A diretora adiantou que há planos de formar uma equipe de Brasília para o CBA. “Estamos formando uma equipe frente a várias dificuldades. Alguns conjuntos não se consideram ainda aptos para disputar em função das condições que foram impostas pela pandemia; alguns atletas têm dificuldades de conciliarem a agenda pessoal e profissional com as datas do campeonato e outros estão em processo de adaptação com animais recém-adquiridos. Mas já é certa a participação de Ana Luiza Fernandes na série media 2 com SL Saddan e também de Maria Clara Maximiliano com Bad Boy e Quartz, ambas com grandes condições de disputarem um lugar ao pódio.”

Para o ano que vem, as expectativas são altas. “Considero que 2021 será o ano de Brasília apresentar grandes conjuntos em diversas séries. Vamos trabalhar desde já para isto, dando continuidade com o projeto de clínicas e com um calendário de provas que proporcionem aos conjuntos evoluírem e serem submetidos a avaliações periódicas até a data do Campeonato Brasileiro de 2021”, finalizou.

Fotos: cedidas / crédito TM vídeo e foto e Leticia Valente