Rafaela Orlandini quer dobrar participantes no Campeonato Brasiliense

Os planos de Rafaela Gasparotto Orlandini Carvalhaes à frente da Federação Hípica de Brasília (FHBr) foram atropelados pela pandemia da covid-19, mas, mesmo assim, a diretora de adestramento nomeada para o biênio de 2020-2021 afirma que, diante das restrições impostas, conseguiu alcançar alguns de seus objetivos. Agora, para o ano de 2021 e com o cenário mais claro, ela revela as metas para fomentar a modalidade no Distrito Federal, com cursos, clínicas, incentivo a provas e campeonatos. Em entrevista ao Adestramento Brasil, ela detalhou como será o Ranking Brasiliense de Adestramento, assim como o Campeonato Brasiliense e os planos de que mais atletas de Brasília participem de concursos nacionais e do Campeonato Brasileiro de Adestramento.


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Adestramento Brasil — Você assumiu a Federação Hípica de Brasília (FHBr) em 2020, um ano no qual as competições ficaram paralisadas devido à pandemia. Como isso afetou os planos e as metas que você tinha, como, por exemplo, de dobrar a participação de conjuntos brasilienses no Campeonato Brasileiro?
Rafaela Orlandini — Começamos a primeira etapa no dia 28 de fevereiro de 2020 com cerca de 50 conjuntos e foi uma ótima estreia. Em seguida, os eventos foram fechados e somente reabertos em meados de outubro. Durante o período mais crítico da pandemia, foi incentivada aos atletas a filmagem de suas reprises para serem encaminhadas para avaliação pela CBH e, quando a situação melhorou um pouco, fizemos alguns treinos organizados nos clubes que manifestaram interesse, mantendo, é claro, todos os quesitos e protocolos necessários. Durante a paralização também organizamos várias clínicas itinerantes onde deslocamos os instrutores e mantivemos os conjuntos em seus clubes sem transito de animais.

O calendário da FHBr, assim como de outras federações e entidades, teve de ser ajustado no ano passado. Como ficou o ranking final em 2020? Teve ser fazer ajustes, como, por exemplo, número de etapas válidas, contagem de pontos?
Conseguimos, durante o ano de 2020, executar cinco das oito etapas programadas e, assim, foi viável manter o ranking de 2020, não tendo sido necessário ajuste nas regras e na contagem dos pontos.

Para 2021, ranking da FHBr tem seis etapas previstas. Quais são as regras para apontar campeão e vice? Houve mudança no regulamento?
Teremos seis etapas do ranking, além de uma copa no 1º RCG e possivelmente mais uma copa no BCC. Desta forma, será um bom número de provas, sem contar as internas de cada um dos clubes.

Quanto às regras, para se ter o direito de concorrer ao título do Ranking Brasiliense de Adestramento de uma das séries, deverá o cavaleiro ou amazona ter participado de pelo menos 50% das etapas nesta série, ter atingido também um mínimo de 60% de aproveitamento em, pelo menos, uma das etapas durante o ano e também ter participado do Campeonato Brasiliense de Adestramento.

Para este ano, a FHBr tem no planejamento algumas clínicas. Pode falar mais sobre o objetivo delas, quem poderá participar etc.?
Sim, já estão previstas quatro clinicas com a amazona Pia Aragão, a confirmar também outras datas com o cavaleiro Carlos Renato Veiga e mais uma com o apoio da CBH. Nosso objetivo é continuar proporcionando para que os conjuntos aprimorem cada vez mais a sua equitação e, assim, formarmos um grupo mais forte e numeroso para os campeonatos nacionais.

O foco das clinicas está nos conjuntos que almejam ir aos campeonatos nacionais, os atletas mirins e minimirins e instrutores, contudo, caso tenhamos vagas, elas serão abertas também para aqueles que desejam melhorar seu trabalho de plano no salto.

Em 2020, vocês conseguiram realizar o Campeonato Brasiliense de Adestramento com 22 conjuntos representando seis diferentes entidades. Qual é a meta para este ano?
Nossa meta para 2021 é dobrar o número de participantes, especialmente no Campeonato Brasiliense, além de contar com a participação do maior número de entidades da federação e, se possível, com porcentuais acima dos 60%. Realizaremos no mês de junho nas dependências do 1º RCG.

Que avaliação você faz do seu primeiro ano de gestão à frente da FHBr?
Começamos o ano com um grande incentivo, obtido através do apoio do general Paulo Chagas e do coronel Juarez Marcon na obtenção de patrocínio pela Poupex, patrocínio este que foi fundamental para a programação das etapas mantendo, em sua maioria, três juízes para julgamento em cada uma delas, a aquisição de um picadeiro e estrutura necessárias para julgamento e empréstimo aos clubes que ainda não possuem a estrutura necessária.

Foi também um ano de adaptação. Passei a analisar, não somente do ponto de vista do atleta, mas também como diretora e juíza regional. Gostaria de ter tido mais contato com os diretores dos clubes, mas confesso que a pandemia atrapalhou um pouco os planos, ainda assim alguns dos objetivos traçados foram alcançados.

Tivemos um curso de reciclagem de juízes, pois estávamos deficitários neste quesito. Com este curso alguns juízes que estavam mais afastados do quadro se reaproximaram e tivemos outros novos interessados em aprenderem mais processo de julgamento. Conseguimos garantir a participação de Brasília, mais um ano consecutivo, no Campeonato Brasileiro e com bons resultados. Trouxemos, durante o período de suspensão de provas, mais clínicas do que havíamos inicialmente previsto que preencheram em parte a lacuna das etapas canceladas.

Além disto, muito nos orgulhamos em inaugurarmos o aplicativo da CBH que trouxe mudanças significativas no processo de julgamento e na divulgação dos resultados, uma ferramenta que proporcionou mais rapidez e transparência dos mesmos.

Quais são as metas e os objetivos para 2021?
Continuar fomentando a modalidade através do apoio os clubes no desenvolvimento do adestramento; dar oportunidades e condições dos atletas se aprimorarem através dos cursos e clínicas; conseguir atrair a atenção dos instrutores e diretores das escolas de equitação para a importância do trabalho de base e, assim, termos a médio e longo prazos um número maior de participantes nas provas e um melhor nível técnico.

Espero que os atletas aproveitem as oportunidades que serão proporcionadas no ano de 2021 e estarei sempre aberta a sugestões para aprimorar e fortalecer o adestramento no Distrito Federal

Fotos: divulgação / arquivo pessoal

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