Campeão na intermediária 1 com 71,471% e vice na prêmio São Jorge (71,225%) no segundo dos quatro CDIs 2* que estão sendo realizados no Brasil com objetivo de selecionar o time que representará o País nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019, Mauro Pereira da Silva Júnior e Don Enrico AMM apresentaram uma melhora em comparação com o CDI 2* de março, quando ficaram sem segundo nas duas provas com notas de 70,245% na PSJ e 69,657% na inter 1. “Estou feliz com a melhora e com o momento que o Don Enrico vem vivendo e a ascensão dele a cada CDI”, disse Júnior ao Adestramento Brasil.
Mauro Pereira Júnior avalia que o brasileiro de hipismo de 14 anos, filho de Toy Boy e Olimpica Metodo, vem se mostrando um cavalo mais maduro e mais seguro dentro da prova. “Isto automaticamente me deixa mais seguro. Ele sempre foi um cavalo com muito talento, mas com uma cabeça difícil, muito genioso. Ele continua sendo genioso, mas hoje está mais sensato. Me parece que a maturidade dele demorou um pouco, mas chegou.”

Questionado sobre o nível dos concorrentes, Mauro Júnior ressaltou a qualidade dos conjuntos. “Acho que é a primeira vez na história do adestramento que temos muitos com médias acima dos 69% e isto é muito bom. As provas estão se decidindo nos detalhes”, avaliou. Para ele, se os brasileiros conseguirem manter este nível de apresentação pode conseguir trazer medalha e a tão sonhada vaga para os Jogos Olímpicos.
A estratégia do conjunto será treinar para manter o porcentual obtido no internacional de abril, sem apertar ele muito nos trabalhos, pelo menos agora. “Vou deixar para tirar o que puder tirar, quando confirmar a minha presença na equipe e estiver em Lima. Ele vem em uma ascensão muito positiva, subimos as notas para 71% nos dois dias de prova. Estou muito feliz com o rendimento dele e isto se deve muito a parte psicológica. Agora consigo montar mais seguro e explorar mais nas provas; os resultados vão aparecendo.”
Entre os CDIs, o cavaleiro contou que procura fazer um treinamento tranquilo, uma vez que Don Enrico já é um cavalo pronto dentro do small tour. “Não preciso ficar insistindo em exercícios. A ideia é manter a saúde dele sempre em dia e, principalmente, o condicionamento físico dele. Claro que na parte técnica tenho de aprimorar e refinar uma coisa ou outra, mas eu não fico macetando o cavalo diariamente para não fadigar ele e nem deixá-lo nervoso”, explicou, completando que mescla dois dias de trabalho na pista com um de dia de exterior e folga aos domingos. A ideia é diversificar.
Foto: Jane Monteiro Fotografia
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