Na sexta-feira 17/05 que antecedeu a quarta etapa da Copa Santo Amaro de Adestramento (leia cobertura), a diretora da Confederação Brasileira de Hipismo e juíza internacional FEI 4*, Sandra Smith, ministrou uma prova-treino aberta a sócios do CHSA e convidados. Dentro do formato, cada conjunto teve cerca de 30 minutos com a juíza, primeiramente executando uma reprise e depois repassando as figuras para corrigir erros.
A exemplo do que ocorre nas competições, cada atleta aqueceu seu cavalo na pista de distensão. Depois, executaram a reprise que escolheram previamente, sendo julgados nos mesmos moldes das competições. Ao terminarem a apresentação, Sandra Smith teceu comentários gerais da prova, apontou figuras que precisavam ser melhoradas e deu dicas do que fazer para aperfeiçoar.
Foi a primeira vez que Mônica Almeida, amazona amadora que compete na média 2, fez uma prova-treino neste formato. “Gostei muito das dicas! Nunca tinha feito prova assim e me ajudou para melhorar o foco em alguns detalhes que na hora da prova e do nervoso eu sempre me esquecia”, contou. Dentro do formato, após receberem as avaliações, os conjuntos repetiram desenhos e exercícios que não saíram tão bem para entenderem o que faltou para ganhar mais nota.
“A prova-treino é uma chance de a pessoa entender qual é o comentário do juiz. Eu, quando julgo, tento colocar muitos comentários e em todas as figuras, mas fico na dúvida se as pessoas entendem o que eu quero dizer. Então, a prova-treino é uma oportunidade de o cavaleiro poder conversar com o juiz depois da prova, tirar dúvidas e entender o que o juiz quer”, esclareceu Sandra Smith.
Para Luciana Marques, do Clube Hípico de Santo Amaro, focar na reprise foi bastante produtivo. “Adorei a oportunidade de participar. É um formato que funciona muito bem no FEI Challenge e termos a possibilidade de trazê-lo como uma prova-treino é uma grande contribuição para nortear o nosso trabalho”, destacou a amazona profissional que executou reprise da série média 1.
“Achei a clínica muito importante para esclarecer os pontos positivos, conhecer os negativos e como superá-los e aparar arestas dos movimentos novos para o conjunto. Faria novamente e indico para todos os conjuntos”, apontou Márcia Brandão, que compete na forte 1 amador .
O cavaleiro profissional Roberto Souza Filho também elogiou o formato e as dicas recebidas. “Gostei muito, pois conseguimos ouvir a forma que somos julgados, além de recebermos orientações para melhorarmos as nossas reprises, como, por exemplo, a forma correta das figuras etc.”, disse. Ele apresentou-se na elementar com um cavalo de quatro anos que está formando.
Do lado dos proprietários, a prova-treino também foi de grande valia. Igor de Andrade observou os comentários da juíza acerca de seu animal pôde compreender melhor o que é julgado nas provas. “A prova-treino foi fundamental para proprietários e cavaleiros amadores, fazendo com que compreendêssemos melhor as metodologias de julgamento, atrelando apontamentos específicos sobre o conjunto para obtermos notas melhores nos exercícios”, disse.
Foto: Ana Carolina Chemin