Pelo terceiro ano consecutivo, Rodolpho Riskalla venceu as três provas do grau quatro no Concurso de Adestramento Paraequestre Internacional (CPEDI 3*) de Al Shaqab, em Doha, no Catar. Neste ano, o brasileiro arrematou os primeiros lugares montando Don Henrico, um hanoveriano de 18 anos e de propriedade da ex-amazona olímpica alemã Ann-Kathrin Linsenhoff. Em 2020, Riskalla também foi o melhor em pista, mas apresentando-se com Don Frederic 3, animal que deve lhe acompanhar aos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Ao Adestramento Brasil, o brasileiro contou estratégias para se preparar para os Jogos de Tóquio e falou sobre uma nova montaria que prepara para fazer provas de grande prêmio no adestramento clássico.
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O brasileiro, que está classificado para representar o País nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, postergados para este ano, encerrou satisfeito sua participação no CPEDI 3* de Al Shaqab. “O cavalo está ótimo. Fiquei super feliz, porque foram as melhores notas que já tivemos e foi ele melhor cavalo concurso do paraequestre, tendo as melhores notas de todos os graus, com juiz que vai julgar as paraolimpíadas dando dez para a gente”, contou.
Devido à pandemia, Riskalla não competiu muito. No terceiro trimestre de 2020 chegou a fazer um concurso internacional, mas não da dimensão da competição no Catar. “Foi uma boa preparação para Tóquio. Ele foi super bem no kür, fazendo 81fiz 81,242%. A gente ficou supercontente, porque ele está reagindo super bem”, completou.
Em uma enorme estrutura, mas sem público, devido às restrições para contenção da pandemia da covid-19, o CPEDI 3* ocorreu durante o CHI de Al Shaqab, que também contou com competições de salto (CSI 5*) e adestramento (CDI 5*). As provas do paraequestre foram julgadas por Marco Orsini (Alemanha), Carlos Lopes (Portugal), Elke Ebert (Alemanha) e Nicoletta Milanese (Itália).
No primeiro dia, 25 de fevereiro, Riskalla e Don Henrico venceram a prova FEI Team Test – Grade IV com 76,458%. No segundo dia, 26/2, a dupla cravou 77,114% na reprise FEI Individual Test – Grade IV. Para fechar com chave de outro, o conjunto ultrapassou a marca dos 80%, obtendo 81,242% na reprise estilo livre. Riskalla competiu contra sete conjuntos — da Holanda, Áustria e Polônia.
Resultados
25/02 – FEI Team Test – Grade IV || 26/02 – FEI Individual Test – Grade IV || 27/02 – FEI Freestyle Test – Grade IV
Assista às provas (clique aqui)
Planos
Agora, de olho na preparação paraolimpíada, o brasileiro disputa o concurso internacional de Mâcon Chaintré, na França, tanto no paraequestre quanto no adestramento clássico com Don Frederic 3, de propriedade da Tania Loeb Wald. “Eu vou fazer o paraequestre, que é segunda terça e quarta e depois tenho São Jorge, intermediária 1 e kür no clássico. Já que estarei lá, acabarei fazendo os dois. E também vou fazer intermediária 2 com a minha égua — Die Wette —, que também é de propriedade da Tania”, contou.
Riskalla está preparando a égua para disputar provas de grande prêmio no adestramento clássico. Mas está indo com calma. “Como ela é mais nova e tem pouca experiência, a gente achou melhor dar tempo para ela e fazer as coisas direito; começar fazendo inter 2.”
Assim, Don Frederic e Don Henrico estão na preparação para os Jogos paralímpicos de Tóquio. Ambos estão classificados e Riskalla precisa definir, mais para frente, com qual competirá. “Eu só tenho de decidir com qual eu vou no fim, mas, provavelmente, será o Don Frederic por causa da viagem que é longa e ele é um cavalo mais novo e que tem também mais potencial”, ponderou. “Eu acho que as coisas têm de ser bem preparadas; isso é muito importante. É melhor fazer as coisas passo a passo e com calma. Por isso, estamos na intermediaria B e inter 2 para depois colocar ela na turma dos grandes e fazer o GP.”
Com relação à égua Die Wette, o atleta contou que monta ela há uns sete meses. “Estamos preparando ela para o GP. Se acontecer de fazer o GP, ir superbem e se classificar para Tóquio, ótimo, mas não é meu objetivo para ela neste ano. Meu objetivo é, realmente, ela estar bem preparada para poder entrar bem no grande prêmio e aí sim, no ano que vem, poder participar nos Jogos Mundiais na equipe do Brasil”, adiantou.
Fotos: cedidas pelo cavaleiro