A Federação Equestre Internacional emitiu um comunicado compartilhando que recebeu a confirmação de que todas as amostras humanas e equinas coletadas durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio em 2020 deram resultado negativo. “Estou muito orgulhoso de poder confirmar que, pelos terceiros jogos consecutivos, todas as amostras humanas e equinas colhidas durante os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio deram negativo”, afirmou, em nota, o presidente da FEI, Ingmar de Vos.

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“É claro que isso deveria ser usual, mas seria ingênuo pensar que jogos limpos são garantidos em qualquer esporte”, acrescentou.
Como acontece com todos os esportes no Movimento Olímpico, as amostras — incluindo a dos eqüinos — serão mantidas em armazenamento por até dez anos para um possível reteste, à medida que processos aprimorados são desenvolvidos para testar substâncias que não eram detectáveis de forma confiável na época de amostragem.
“Mas, por enquanto, este resultado valida todo o trabalho que foi feito na campanha educacional do Esporte Limpo da FEI (FEI Clean Sport) ao longo dos anos, a adesão de nossas Federações Nacionais e a aceitação de testes pré-chegada e eletivos de equinos para garantir nossos cavalos competiria limpo nos Jogos”, destacou
Na nota, o presidente da FEI elogiou os atletas em todas as três modalidades e nos cinco graus paraolímpicos. “Somos abençoados com atletas sensacionais, tanto equinos quanto humanos. Todos os nossos medalhistas estão de parabéns, mas não só os vencedores, pois o caminho até chegar aos Jogos foi digno de uma medalha. Atletas de todos os esportes tiveram que se apresentar sem o apoio de entes queridos e fãs, mas em nossos dois locais — em Baji Koen e Sea Forest —, as equipes e sua comitiva geraram um grande burburinho”, disse.
Sem comentar a repercussão negativa acerca da eutanásia do Jet Set, cavalo de CCE, e nem a expulsão da técnica alemã na prova de hispimo do pentatlo moderno, Ingmar de Vos disse que recebeu feedbacks muito positivos, mas que há lições aprendidas e principais conclusões. Segundo ele, haverá um debrief completo, que incluirá uma análise abrangente dos formatos. “Parte desse processo levará em consideração o feedback que já recebemos e também estamos entrando em contato proativamente com nossa comunidade para garantir que recebamos muitos comentários. E usaremos o que aprendemos com esses Jogos para avançar para Paris 2024”, apontou.
Testes
O teste em equinos foi conduzido pela FEI nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio sob os Regulamentos de Medicação Controlada e Antidopagem Equina da FEI (EADCMRs) e Regulamentos Veterinários da FEI.
Nos Jogos Olímpicos, um total de 38 testes foram realizados em 24 cavalos diferentes, incluindo todos os medalhistas individuais e cavalos do quarto colocado, além de pelo menos um cavalo das equipes vencedoras de medalhas e quarto colocado. Testes aleatórios também foram realizados, com cavalos selecionados por um aplicativo gerador de números aleatórios, e também testes direcionados.
Um total de 38 testes foram realizados nos Jogos Paraolímpicos em cavalos vencedores de medalhas, além de testes aleatórios e direcionados.
Já nos humanos, o Comitê Olímpico Internacional (COI) delegou a gestão de todo o seu programa antidoping do Jogos Olímpicos à Agência Internacional de Testes (ITA). O ITA é uma organização antidopagem independente sem fins lucrativos. A FEI tem um acordo de longo prazo com a ITA e delega partes de seu programa antidopagem humana à Agência, incluindo a coordenação de testes.
O teste em humanos nos Jogos Paraolímpicos foi conduzido pela Tokyo 2020 em nome do Comitê Paraolímpico Internacional (IPC).