Eleito representante de atletas na vaga do paraequestre, Flamarion Pereira da Silva compartilhou o que pretende fazer no cargo. “Vou lutar em prol do hipismo, em particular, o paraequestre”, disse ele, que ressaltou a necessidade de ouvir os atletas da modalidade e “levar a sério a opinião da maioria”. Adestramento Brasil está entrevistando os eleitos pelo adestramento e paraequestre. São as mesmas perguntas a todos, enviadas por mensagem e reproduzidas na íntegra. Confira a seguir as respostas de Flamarion Silva.
Adestramento Brasil — O que te levou, motivou a se candidatar à vaga de representante de atletas?
Flamarion Pereira da Silva — Foi ter um representante não só a mim, mas a ideia de todos os atletas do paraequestre. A representação que ele exercia era só a dele, por isso me candidatei.
Quais são seus objetivos no cargo? Quais são as principais bandeiras?
Não tenho bandeira, a não ser a verde e amarela do meu Brasil. Vou lutar em prol do hipismo, em particular, o paraequestre.
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Comecei logo depois que eu fui acometido da síndrome de Guillain Barré. Um ano depois, na cadeira de rodas, fui para o Brasília Country Club e lá eu ferrava alguns cavalos antes do ocorrido. Chegando, o instrutor Enoque Rangel, meu amigo, me tirou da cadeira de rodas e me colocou em um cavalo o qual eu ferrava antes de ficar doente. Me colocou pra montar com ele. Alguns meses depois, parei de montar por conta de um trabalho. Alguns meses depois, me apresentaram a Marcela Parsons, onde iniciei uma nova etapa na equoterapia, que, até então, eu desconhecia. Foi aí que minha vida mudou, quando me foi apresentado o adestramento paraequestre. Foi quando começou o meu ciclo no paraequestre e, como já era um amante dos animais, em particular dos cavalos, esse amor só cresceu e não só por ter tido uma relação na cavalaria na área da veterinária. Quando foi apresentada a oportunidade pela Marcela abracei de corpo e alma.
Nesse longo caminho da prática do paraequestre, minha principal treinadora foi a Marcela Parsons. Nesse caminho, tive ajudas incontestáveis como da Maria Luiza e do seu esposo, Luciano Pereira, e seu cavalo Gibraltar — diga-se de passagem um exímio cavalo. Mas minha precursora e mestra no adestramento paraequestre sempre foi a Marcela Parsons. Além de oito vezes campeão brasileiro de paraequestre no grau 3 e sete por equipes, tive a oportunidade de representar meu País na França e fiquei com a quarta colocação! Sou instrutor de equitação para equoterapia e profissional do esporte.
Como avalia a importância da atuação dos representantes de atletas?
Fazer-se ouvir os atletas da modalidade. Levar a sério a opinião da maioria. Procurar ajudar de alguma forma os atletas nos seus deslocamentos para os campeonatos nacionais, que fica cada vez mais difícil. Tentar levar mais clareza nas provas etc.
Para quem quiser fazer sugestões como deve te procurar? Quais são os procedimentos?
Para entrar em contato comigo para sugestões concelhos ideias etc. em prol do esporte sou todo ouvidos pelo telefone/WhatsApp 61 986013259 e também pelo e-mail flamarion01@gmail.com.
Sete representantes de atletas foram eleitos no último dia 29 de abril. Foram eles: Ivo Roza Filho e Bianca Matarazzo Affonso Fereira, pelo salto; Vinícius Miranda e Sarah Waddell, pelo adestramento; Marcelo Tosi, pelo concurso completo de equitação; João Leonel Antocheski, pelo enduro; e Flamarion Pereira da Silva, no paraequestre.