Rocas do Vouga aposta em renomados garanhões para aprimorar criação

Os Tavares de Almeida são velhos conhecidos do adestramento. Juntos ou separados, os irmãos já disputaram os Jogos Olímpicos, Jogos Equestres Mundiais e Jogos Pan-americanos. A influência veio da mãe, Thereza, que também compete adestramento em provas nacionais e internacionais. Eles são a principal face da Coudelaria Rocas do Vouga. Pedro está no time do Brasil em WEG-Tryon, enquanto Luiza disputa uma vaga na equipe brasileira para Lima 2019 com Baluarte do Vouga, criação do haras, que, atualmente, investe no uso de renomados garanhões, como o Rubi AR, para aprimorar o plantel.

tryon_2018_patrocinadores

Rubi é tido como o lusitano de maior sucesso no adestramento. Um de seus maiores feitos foi disputar, como montaria do português Gonçalo Carvalho, a final da Olimpíada de Londres 2012, classificando-se em 16º lugar com 77,607%. “Estamos evoluindo a criação com foco no adestramento, usando sêmen do Rubi e também do Escorial, Tulum, Diamante Negro e Único, que é pai do Dragão das Figueiras, que hoje pertence a um ginete de Luxemburgo [Sascha Schulz] e está pontuando muito bem”, explica Orpheu de Souza Ávila Júnior, veterinário e gerente do haras.

O objetivo é obter cavalos cada vez melhores para a modalidade, tendo como preocupação constante produzir animais que mantenham a boa montabilidade típica da raça. “De dez anos para cá, apareceram lusitanos com muita aptidão para o adestramento, com maior estatura e maior amplitude de andaduras”, aponta Ávila.

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Isso fez com que outros mercados, além dos locais mais tradicionais de presença da raça — como Brasil e Portugal — se interessassem. Hoje, os Estados Unidos são um grande mercado comprador da raça e para lá embarcam diversos animais adquiridos por amadores. “O lusitano, há muito tempo, já se mostrou uma ótima montaria para amadores, ele se encaixa bem às necessidades deles”, diz Ávila.

A Coudelaria Rocas do Vouga também colocou em curso um projeto para fomentar seus animais na Europa. Hercules do Vouga está em treinamento na Espanha com o cavaleiro espanhol José Antonio Garcia Mena.

Outro movimento da coudelaria foi incorporar ao time dois importantes cavaleiros que já haviam trabalhado no passado no Rocas do Vouga: Edneu Senhorine retornou ao haras em 2017 e Rodrigo Evangelista está de volta há pouco mais de um mês. Tanto eles quanto os Tavares de Almeida têm a supervisão e o treinamento de Dolf-Dietram Keller, um dos instrutores mais bem-sucedidos da Alemanha e mestre em equitação “reitmeister”, título conferido pela Federação Equestre Alemã a poucos cavaleiros e amazonas que se destacam por suas notáveis realizações e em longa data (leia entrevista de Keller ao Adestramento Brasil).

O haras, localizado no interior de São Paulo, conta com 160 animais e 25 potros são esperados para nascer ainda em 2018. Para o ano que vem, a expectativa é produzir 35 potros já frutos dos cruzamentos com os renomados garanhões.

Fotos divulgação

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