A Federação Equestre Internacional divulgou, nesta semana, a lista de conjuntos aptos a disputar os Jogos Pan-Americanos de Lima, que começam no próximo dia 26/07 no Peru. A lista inclui conjuntos que disputavam vagas nas equipes nacionais e obtiveram o índice FEI para o Pan, mas não significa que os nomeados estejam nas equipes nacionais. A lista definitiva dos inscritos deve ser divulgada em breve pela entidade internacional.
Para poder competir no Pan-Americano, os conjuntos de small tour precisam de duas notas finais (panel score) de, no mínimo, 62% em, pelo menos, duas competições diferentes, que podem ser CDIs ou jogos regionais, como os Jogos da América Central e Caribe (CAC Games) e o Odesur, cuja competição de adestramento mudou para CDI 1* de novembro em Buenos Aires.
Já os conjuntos de big tour precisam de nota final mínima (panel score) de 58% em prova de grande prêmio em CDI 2* ou mais forte. Em ambos os casos, a FEI exige que o quadro de júri dos CDIs tenha dois juízes internacionais de nacionalidades diferentes do atleta.
Clique aqui para ver a lista com 73 conjuntos. A FEI mantém atualizado um hotsite com as informações de Lima – acesse.
Times revelados
Os países tiveram até dia 26 de junho para anunciar os conjuntos que os representarão em Lima. Brasil, Canadá, Estados Unidos e México anunciaram suas equipes. Brasil vai embarcar cinco conjuntos e decidir em Lima quem serão os titulares. Já o México, principal rival do Brasil, e o Canadá, que foi prata nas últimas quatro edições dos Jogos Pan-Americanos, optaram por times titulares formados por dois conjuntos em small tour e dois em big tour. Os Estados Unidos, que já tem a vaga em Tóquio garantida, levará quatro conjuntos de small tour.
O time da Argentina será composto por Luís Maria Zone e Faberge D’Atena, Fiorella Mengani e Assirio D’Atena, Jacqueline Beatriz Posse e Deep Purple e Vera Beatriz Protzen com Wettkonig.
Pela Colômbia competem Santiago Cardina com Espartaco, Juliana Uribe com Salice Salentino, Raul Andres Corchuelo com Señorita 43 e Maria Alejandra Aponte com Duke de Niro.
O Chile vai com Carlos Fernandez e Destinado LXVII, Mauricio Gonzalez com Heroe XXV, Barbara Weber com Jardinero CXI e Virginia Yarur com E Rava. Em casa, pelo Peru, competem Monika Von Wedemeyer com Briar’s boy, Eric Chaman com Catalina, Daniela Carranza com Cocu e Kerstin Rojas com Feuertanzer.
O Uruguai embarca Augustina Bravo com SVR Rafaga e José Ramón Beca Borrego com Zaire.
Rumo a Tóquio 2020
Ficar entre os melhores em Lima é a maneira de carimbar o passaporte para a ida de um time de adestramento para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Para os países da América (grupo D para América do Norte e E para Central e do Sul), o Pan designa duas vagas por equipe (máximo de seis atletas), lembrando que Estados Unidos conseguiram a classificação em WEG-Tryon. Desta forma, é preciso conquistar, no mínimo, o bronze para garantir a presença brasileira no Japão, imaginando que EUA fiquem no pódio.
A competição começa em Lima em 26 de julho com a inspeção veterinária, que aprova

(ou não) os cavalos para as provas. O primeiro dia de competição será 28/7 com as provas de prêmio São Jorge (small tour) e grande prêmio (big tour), valendo para qualificação por equipe e individual.
No dia seguinte, 29/7, os conjuntos têm de executar as reprise intermediária 1 (small tour) e grande prêmio especial (big tour). É nesta etapa que são definidas as medalhas de ouro, prata e bronze. As provas também servem de classificação individual.
Os conjuntos qualificados para competir a final são submetidos à nova checagem veterinária, no dia 30/07. Eles retornam às pistas para disputar as medalhas de ouro, prata e bronze individuais, no dia 31/7, quando terão de se apresentar com música, no freestyle (inter 1 e GP).
Histórico
No último Pan-Americano, em Toronto (Canadá) em 2015, o Brasil foi bronze por equipes. João Victor Oliva (Xamã dos Pinhais), João Paulo dos Santos (Veleiro do Top), Sarah Waddell (Donelly 3) e Leandro da Silva (Di Caprio) levaram a medalha para casa. Os Estados Unidos foram ouro por equipe e o Canadá, prata.
No Pan de 2011, em Guadalajara, o Brasil conquistou a quinta colocação por equipes. No total, o adestramento brasileiro conta com cinco medalhas em Jogos Pan-Americanos, todas de bronze, sendo quatro por equipe: no México 1975, em Caracas 1983, no Rio 2007 e em Toronto 2015; além de uma individual: em Caracas 1983, de Orlando Facada com Premiado. Veja aqui uma retrospectiva dos últimos Pans.
O Canadá foi prata em Santo Domingo (2003), no Rio de Janeiro (2007), em Guadalajara (2011) e em Toronto (2015). Em 1999, em Winnipeg, a Colômbia levou a prata. Nas últimas cinco edições, os Estados Unidos foram ouro por equipe. No bronze, a disputa foi maior, com México levando em 1999 e 2003, o Brasil em 2007 e em 2015 e a Colômbia em 2011.
Imagem: montagem em ilustração divulgação FEI
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