ATUALIZADA – João Paulo dos Santos com Cathargo Comando SN, Mauro Pereira da Silva Júnior com Don Enrico AMM e João Vitor Oliva com Biso das Lezírias, em small tour, e Pedro Tavares de Almeida com Aoleo (SIS) e Leandro Aparecido da Silva com DiCaprio, em big tour, são os cinco conjuntos convocados pela Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) para representar o Brasil na modalidade adestramento nos Jogos Pan-Americanos de Lima. A informação oficial foi divulgada no fim da tarde desta quarta-feira (26/06) e confirmou os nomes que Adestramento Brasil havia revelado. Esta é a primeira vez que o Brasil leva um time composto somente por homens para disputar o Pan.
Em entrevista ao Adestramento Brasil, a diretora de adestramento da CBH, Sandra Smith, havia dito que seriam anunciados cinco conjuntos, mas que, apenas em Lima, será decidido quem, efetivamente, entra em pista. “Lá eu vou decidir quem vai e como, se são dois small tour e dois de big ou três de small“, afirmou.
No Pan, a formação dos times pode ser mista, com big e small tours, mas para a contagem de pontos por equipes, os conjuntos de big tour recebem um bônus de 1,5 ponto porcentual tanto no grande prêmio quanto no GP especial (por exemplo: uma nota final de 60% equivale a 61,5% para os resultados por time). Canadá e México anunciaram equipes com dois conjuntos em small tour e dois em big tour e nomes para reserva.
Ficar entre os melhores em Lima é a maneira de carimbar o passaporte para a ida de um time de adestramento para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Para os países da América (grupo D para América do Norte e E para Central e do Sul), o Pan designa duas vagas por equipe (máximo de seis atletas), lembrando que Estados Unidos conseguiram a classificação em WEG-Tryon. Desta forma, é preciso conquistar, no mínimo, o bronze para garantir a presença brasileira no Japão (imaginando que EUA fiquem no pódio).
A competição começa em Lima em 26 de julho com a inspeção veterinária, que aprova

(ou não) os cavalos para as provas. O primeiro dia de competição será 28/7 com as provas de prêmio São Jorge (small tour) e grande prêmio (big tour), valendo para qualificação por equipe e individual.
No dia seguinte, 29/7, os conjuntos têm de executar as reprise intermediária 1 (small tour) e grande prêmio especial (big tour). É nesta etapa que são definidas as medalhas de ouro, prata e bronze. As provas também servem de classificação individual.
Os conjuntos qualificados para competir a final são submetidos à nova checagem veterinária, no dia 30/07. Eles retornam às pistas para disputar as medalhas de ouro, prata e bronze individuais, no dia 31/7, quando terão de se apresentar com música, no freestyle (inter 1 e GP).
Processo de formação da equipe
João Paulo dos Santos e Carthago Comando SN, por terem obtido a nota mais alta no CDI 1* da Argentina, que classificou o Brasil para os Jogos Pan-Americanos de Lima 2019, já estavam escalados para a equipe brasileira.
Para a formação do restante do time, a CBH anunciou em fevereiro que buscava índices acima de 69% para os conjuntos de small tour (provas são jorge e intermediaria 1) e de 68% ou mais para big tour (grande prêmio). Também explicou que o processo seria observatório e a escolha seria subjetiva; e que observaria concursos FEI julgados por juízes 3*, 4* ou 5* nas provas São Jorge e intermediária 1, em small tour, e grande prêmio, em big tour.
A nota-alvo da CBH é mais alta que o índice estipulado pela Federação Equestre Internacional (FEI). Para poder competir no Pan-Americano, os conjuntos precisam ter atingido, a partir de 1º de janeiro de 2018, duas notas finais (panel score) de, no mínimo, 62% para small tour e 58% para big tour em, pelo menos, duas competições diferentes.
O Brasil realizou quatro CDIs 2* entre março e junho deste ano. Todos contaram com um juiz internacional 5*. Ao final do processo, em small tour, Mauro Pereira Júnior com Don Enrico AMM foi o que mais atingiu o porcentual-alvo da CBH. O conjunto acumulou cinco notas acima de 69%, sendo duas na PSJ e três na intermediária 1, nos CDIs 2* de março, abril e junho. João Victor Oliva com Biso das Lezírias computou quatro índices CBH, sendo dois na PSJ e dois na intermediária 1 alcançados nos CDIs 2* de março e abril.
Adestramento Brasil compilou todas as notas das seletivas.
Veja como se deu a evolução dos porcentuais
Em big tour, Pedro Manuel Tavares de Almeida e Aoleo (SIS) alcançaram a marca de 68% nos GPs nos CDIs 2* de março e abril e Leandro Silva com DiCaprio fez um índice no GP do CDI 2* de junho.
Dos demais concorrentes, Luiza Tavares de Almeida com Baluarte do Vouga e Yara do Amaral Fernandes com Dileto HI conquistaram, cada uma, dois índices (PSJ e inter 1) no CDI 2* de março. Já Paulo Cesar dos Santos acumulou dois índices com Espartano LS (ambos no CDI 2* de março, na PSJ e inter 1) e dois índices com Fidel da Sasa JE obtidos no CDI 2* de abril (PSJ e inter 1).
Histórico
No último Pan-Americano, em Toronto (Canadá) em 2015, o Brasil foi bronze por equipes. João Victor Oliva (Xamã dos Pinhais), João Paulo dos Santos (Veleiro do Top), Sarah Waddell (Donelly 3) e Leandro da Silva (Di Caprio) levaram a medalha para casa. Os Estados Unidos foram ouro por equipe e o Canadá, prata.
No Pan de 2011, em Guadalajara, o Brasil conquistou a quinta colocação por equipes. No total, o adestramento brasileiro conta com cinco medalhas em Jogos Pan-Americanos, todas de bronze, sendo quatro por equipe: no México 1975, em Caracas 1983, no Rio 2007 e em Toronto 2015; além de uma individual: em Caracas 1983, de Orlando Facada com Premiado. Veja aqui uma retrospectiva dos últimos Pans.
O Canadá foi prata em Santo Domingo (2003), no Rio de Janeiro (2007), em Guadalajara (2011) e em Toronto (2015). Em 1999, em Winnipeg, a Colômbia levou a prata. Nas últimas cinco edições, os Estados Unidos foram ouro por equipe. No bronze, a disputa foi maior, com México levando em 1999 e 2003, o Brasil em 2007 e em 2015 e a Colômbia em 2011.
Ao observar os placares anteriores, os principais rivais do Brasil devem ser o México e a Colômbia.
ATUALIZADA para incluir a divulgação da convocação oficial e o link.
Montagem usando fotos de Jane Monteiro
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5 respostas para ‘Time masculino defende Brasil no Pan; pódio é necessário para garantir Tóquio’