O juiz dinamarquês FEI 5* Hans-Christian Matthiesen compõe o júri de campo do segundo concurso de adestramento internacional (CDI 3*) a ser realizado no Brasil com objetivo de selecionar o conjunto que representará o País nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Serão dois CDIs no País, sendo o primeiro em março julgado pelo juiz francês FEI 5* Bernard Maurel. As provas serão na Sociedade Hípica Paulista de 17 a 19 de abril.
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O programa foi divulgado na página da FEI (confira aqui). A entidade também atualizou, em 6/2, a lista de CDIs válidos para a obtenção dos requisitos mínimos de elegibilidade (MER, na sigla em inglês para minimum eligibility requirements). Foi cancelado o CDI 3* que ocorreria em Granada, Espanha, entre 27/2 e 01/03.
Em abril, o júri tem praticamente a mesma composição da competição de março, sendo novamente presidido pela juíza brasileira FEI 4* Claudia Moreira de Mesquita. Além dela e de Matthiesen, estão escalados o chileno FEI 3* Max Piraino Lyon, o argentino FEI 4* Cesar Lopardo Grana, o brasileiro FEI 2* Marcio Navarro de Camargo e a argentina radicada no Brasil e diretora de adestramento da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) e juíza FEI 4*, Sandra Smith. A diferença para o júri de março é a inclusão da juíza FEI 4* Marian Cunningham, do Peru.
Hans-Christian Matthiesen também é presidente do International Dressage Officials Club (IDOC), clube internacional de juízes de adestramento. Ele vai ministrar um curso de atualização para juízes internacionais em 16 e 17/4.
O Brasil perdeu a vaga por equipe para disputar a modalidade adestramento na próxima olimpíada por não ter apresentado o certificado de capacidade (“NOC Certificate of Capability” ou COC), que exige que, pelo menos, três conjuntos diferentes tenham atingido os MERs até 31 de dezembro. Para disputar os Jogos, todos os conjuntos, competindo por equipe e individualmente, precisam alcançar os índices no período entre 1º de janeiro de 2019 a 1º de junho de 2020.
Seleção do conjunto
A CBH divulgou no fim de janeiro os critérios para a seleção do conjunto que disputará a vaga individual que o Brasil tem direito após perder a vaga por equipe. De acordo com o comunicado (confira a íntegra), para a escolha do individual serão considerados os resultados das provas de grande prêmio (GP) aprovadas pela Federação Equestre Internacional para a conquista de índice olímpico (MER) no período de 1º de janeiro a 1º de junho de 2020.
A CBH vai considerar a média dos dois melhores resultados em provas de GP dos eventos aprovados pela FEI para a obtenção dos índices até 1º de junho de 2020. Os conjuntos que competiram na Europa em pelo menos dois eventos no segundo semestre de 2019, buscando a classificação da equipe, terão um bônus de 1,5% adicionados à média.
Adestramento Brasil enviou por e-mail, em 31/01/ à CBH questionamentos acerca do comunicado da seleção individual. Foi perguntado como será a bonificação, uma vez que é necessário entender se à média será adicionada 1,5 ponto porcentual (pp) ou se somará 1,5%. Matematicamente, a soma é diferente quando se trata de ponto porcentual e de soma de duas porcentagens. Este vídeo mostra a diferença do cálculo.
Também foi questionado se os resultados obtidos em 2019 serão descartados, uma vez que o item dois do comunicado estipula o período entre 1 de janeiro e 1 de junho de 2020 e logo abaixo se contradiz dizendo que os índices obtidos até a presente data e aprovados pela FEI serão considerados.
Apesar dos esforços para obter a informação o mais acurada possível para os leitores, a CBH não responde às solicitações de entrevista de Adestramento Brasil desde meados de 2019.
Foto: reprodução Facebook
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