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Houve, portanto, uma alteração no discurso da entidade que, até o dia 17 de março, estava defendendo a manutenção dos Jogos, explicando que com mais de quatro meses antes dos Jogos, não havia necessidade de se tomar decisões drásticas e que qualquer especulação seria contraproducente. O tom mudou.
O COI, em coordenação e parceria com o Comitê Organizador de Tóquio 2020, as autoridades japonesas e o governo metropolitano de Tóquio, iniciará discussões detalhadas para concluir sua avaliação do rápido desenvolvimento da situação mundial da saúde e o impacto nos Jogos Olímpicos. A entidade considera o cenário de adiamento. “O COI está confiante de que finalizará essas discussões nas próximas quatro semanas e aprecia muito a solidariedade e a parceria dos comitês nacionais e federações internacionais no apoio aos atletas e na adaptação do planejamento dos Jogos”, diz a nota.
Contudo, o COI enfatizou que o cancelamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 não está na agenda, pois “não resolveria nenhum dos problemas nem ajudaria ninguém”. Após a reunião do conselho executivo, o presidente do COI, Thomas Bach, escreveu uma carta (leia aqui) à comunidade global de atletas para fornecer uma explicação da abordagem do COI.
Na carta, Bach afirmou mais uma vez que salvaguardar a saúde de todos os envolvidos e contribuir para conter o vírus é o princípio fundamental. “As vidas humanas têm precedência sobre tudo, incluindo, a realização dos Jogos. O COI quer fazer parte da solução. Portanto, tornamos nosso princípio principal proteger a saúde de todos os envolvidos e contribuir para conter o vírus. Desejo, e todos estamos trabalhando para isso, que a esperança que tantos atletas, comitês nacionais e federações internacionais dos cinco continentes tenham expressado seja cumprida: que, no final desse túnel escuro no qual todos estamos passando juntos, sem saber por quanto tempo é, a chama olímpica, que será uma luz no fim deste túnel”, ressaltou.
O comitê executivo ponderou que há melhorias significativas no Japão em relação ao Covid-19, onde as pessoas estão recebendo calorosamente a chama olímpica. Por outro lado, reconhece que há um aumento dramático de casos e novos surtos de Covid-19 em diferentes países e continentes.
Vários locais críticos necessários para os Jogos podem não estar mais disponíveis. As situações com milhões de noites reservadas em hotéis são extremamente difíceis de lidar, e o calendário esportivo internacional para pelo menos 33 esportes olímpicos teria que ser adaptado. Estes são apenas alguns dos muitos, muitos outros desafios.
Comitê Olímpico do Brasil — Já a posição do COB é diferente. Em nota divulgada em 21/03, o presidente do COB, Paulo Wanderley, que comandou a seleção brasileira em Barcelona 1992, afirmou que “como judoca e ex-técnico da modalidade, aprendi que o sonho de todo atleta é disputar os Jogos Olímpicos em suas melhores condições. Está claro que, neste momento, manter os Jogos para este ano impedirá que este sonho seja realizado em sua plenitude”.
Uma resposta para “COI recua e diz que avaliará a necessidade de adiar os Jogos de Tóquio”